O jornalista britânico Rupert Hamer, correspondente do jornal Sunday Mirror, foi morto no fim de semana quando acompanhava uma ronda da Marinha americana no Afeganistão. O veículo em que ele estava sofreu uma explosão, matando também um soldado dos EUA. O fotógrafo Philip Coburn ficou gravemente ferido no incidente, que ocorreu em Nawa, na província de Helmand.
Hamer, que já havia coberto conflitos no Iraque, Ásia e Oriente Médio, é o primeiro jornalista britânico morto a serviço no Afeganistão desde o início da ofensiva do Exército americano contra o regime do Talibã, em outubro de 2001. Ele é o segundo profissional de imprensa ocidental a morrer no país nas últimas semanas. No fim de dezembro, a repórter canadense Michelle Lang não sobreviveu a um ataque semelhante.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse sentir muito pela ‘trágica notícia’, mas enfatizou a coragem e dedicação dos correspondentes que acompanham membros do Exército em zonas de conflito, tornando possível ‘que o mundo veja e leia sobre nossos heróicos soldados’. Ainda assim, os incidentes com Hamer e Michelle ressaltam os perigos e riscos enfrentados por estes profissionais de imprensa.
O ano passado foi o mais letal na guerra afegã para os militares ocidentais. EUA e Reino Unido perderam mais do dobro de soldados em comparação ao ano anterior. A maior parte das mortes ocorreu por ataques à bomba em estradas. Informações de Christina Fincher [Reuters, 10/1/10].