Têm razão os leitores que me criticaram por não mencionar no comentário abaixo, de ontem, que, se é verdade que entre junho e setembro, conforme o Ibope, a desaprovação ao presidente Lula aumentou de 38% para 49% – ultrapassando, pela primeira vez a parcela dos que o aprovam – é verdade também que, entre agosto [mês de outra pesquisa do Ibope] e setembro a imagem do presidente não piorou.
O site Carta Maior foi o primeiro a chamar a atenção para esse fato, ainda ontem. Hoje, o Globo e a Folha, corretamente, comparam a situação de Lula nas três pesquisas, destacando a estabilização da (im)popularidade de Lula.
Já o Estado, discretamente, disse que o Ibope “preferiu” [sic] comparar os resultados da sondagem mais recente com a de agosto. Se “preferiu”, foi porque era a coisa certa a fazer.
A matéria cita a diretora do Ibope Márcia Cavalari. Para ela, Lula chegou ao fundo do poço: “Se não surgir nenhuma nova denúncia ligada diretamente ao presidente, pode-se considerar que ele esgotou as suas perdas.”
Já o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, ouvido pelo jornal a que o instituto pertence, também acertou ao ressaltar o erro das primeiras interpretações da pesquisa: “A comparação [com agosto] mostra que não há uma queda, como a maioria dos veículos divulgou durante o dia de ontem, mas uma estabilidade na avaliação do governo.”
Pela parte que me cabe, minhas desculpas.
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