CPI, Conselho de Ética, Corregedoria, comissões, plenário: haverá catimba em todas as instâncias do Congresso para livrar de punição parlamentares denunciados no escândalo das ambulâncias. Alguém já se esqueceu do que aconteceu com as votações de pedidos de cassação de mensaleiros?
Se os jornais publicassem a folha corrida de certos parlamentares influentes nesses organismos, a opinião pública entenderia por que o país verá em breve uma nova operação abafa. É um pedido feito aqui desde maio de 2005. Sem prejulgar: escrevam sobre Ricardo Izar, Romeu Tuma, por exemplo. Os leitores não merecem enriquecer seu cabedal de conhecimento sobre esses e outros personagens ilustres?
Resta a esperança de que a Justiça não emposse eleitos acusados de crimes, como propõe o deputado Miro Teixeira. Mas sabe-se lá quem seriam os suplentes que assumiriam tais vagas.
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Recordar é morder
Miriam Leitão faz hoje em sua coluna no Globo um salutar exercício de memória: reproduz compromissos que o então candidato Lula assumiu em 2002 e não cumpriu. Frase de Lula: “Pode me cobrar em 14 meses. Nós somos a única possibilidade de fazer a reforma agrária sem uma morte e sem uma ocupação”. Saldo publicado pela jornalista: “Até março deste ano os dados do próprio governo são de que houve 880 ocupações de terra e 72 mortes em conflitos agrários”.
Jornalistas, remexam suas gavetas. Agora é mais fácil. Está tudo nos computadores.
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Retrato da tragédia
O jornal Valor traduz hoje artigo de Gideon Rachman, do Financial Times, sobre as queixas de árabes e isralenses a respeito do tom do noticiário americano e europeu. Rachman diz que os dois lados têm alguma razão. Isso é uma das maneiras de definir tragédia.
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