No seu blog Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim publicou ontem, sob o título ‘Serra lidera o golpe mediático’, o texto que segue:
‘O jornalista Fernando Rodrigues publicou em seu site no Uol a íntegra de um parecer do IPT feito depois da obra na pista principal de Congonhas.
. O laudo é claríssimo: a pista principal de Congonhas é de excelente qualidade.
. A Folha de S. Paulo, que é dona do Uol e emprega Fernando, escondeu a notícia.
. O Conversa Afiada contou essa história.
. E previu que o laudo publicado por Fernando poderia ser “revisado” pelo presidente eleito José Serra, que manda no IPT.
. Agora, a manchete do Último Segundo do iG contém informação do Observatório da Imprensa, de autoria do jornalista Luis Weiss, editorialista do Estadão (clique aqui).
. Ele apresenta um outro relatório do IPT.< P>
. Que não libera a pista.
. O que Fernando tinha publicado não era uma “liberação” da pista.
. Mas, o parecer de um órgão supostamente sério e ilibado, que falava da excelência da pista de Congonhas.
. O laudo de Weiss, quatro dias depois, é outro.
. O que leva à conclusão de que o presidente eleito José Serra tem a pretensão de utilizar o IPT como carta de manobra num jogo político que está na cara de todo mundo: um golpe de Estado, liderado pela mídia golpista, de que ele será o maior beneficiário.
. Obter pelo golpe o que não conseguiu nas urnas.
. E usar a mídia como a tropa de infantaria.’
Eis a resposta que lhe enviei:
‘No que me diz respeito, a nota ‘Serra lidera o golpe mediático’ é desonesta:
1) Tenta estabelecer uma relação (espúria) entre o que escrevo no meu blog e o fato de ser editorialista do Estadão. Equivale a induzir juízo sobre o Conversa Afiada pelo fato de seu editor trabalhar na emissora do notório bispo Edir Macedo;
2) Não existe ‘laudo do Weiss’. Existe um e-mail que o presidente do IPT me enviou – e eu publiquei, de resto, sem comentários – porque na véspera eu havia escrito uma nota, afirmando, com base no que o jornalista Fernando Rodrigues divulgou, que o ‘laudo do IPT muda visão da tragédia’;
3) Não sou ‘tropa de infantaria’ de ninguém. Se, por hipótese, a nota de Fernando Rodrigues sobre o laudo sustentasse que o IPT considerou a pista imprópria para uso e eu a tivesse citado no meu blog, e, se no dia seguinte, o presidente do órgão me enviasse um e-mail contestando a interpretação do jornalista, eu também o publicaria – acompanhado da íntegra do texto de Fernando Rodrigues, como fiz, por sinal, na situação concreta.
Por fim, um detalhe: meu nome não se escreve Luis Weiss, mas Luiz Weis, como se lê no Verbo Solto.
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