Trecho de reportagem publicada na edição de sexta-feira (25/2) no caderno ‘Poder’ da Folha de S.Paulo, de Natuza Nery e Gustavo Patu (Brasília):
‘O governo federal estuda a adoção de idade mínima para concessão de aposentadoria integral a trabalhadores do setor privado. A proposta está em discussão nos ministérios da Fazenda e da Previdência e deve ser apresentada à presidente Dilma Rousseff em março (…). A proposta mais forte hoje é 65 anos de idade para homens e 60 para mulheres, no caso dos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que atende aos trabalhadores do setor privado.’
Bom ou ruim?
Por que não perguntamos ao ilustre senador Alvaro Dias, do PSDB?
Este senador, na ativa ainda, recebe desde outubro do ano passado R$ 24,8 mil mensais por uma ‘aposentadoria’ vitalícia garantida por lei (sempre eles) do estado do Paraná, por ter sido governador daquele estado. Não contente, entrou com pedido para receber os cinco anos retroativos, totalizando R$ 1,6 milhão.
O recibo e a matemática
Segundo reportagem da Gazeta do Povo, do Paraná, do dia 20/01/2011, na época Alvaro Dias explicou o tal pedido: ‘Dizia, porém, que agora estava `pagando para trabalhar como senador. Não recebo verba de indenização nem auxílio-moradia no Senado. E o que eu recebo, tirados os descontos, não paga os custos da função´, afirmou.’
Quando a coisa apertou, o ilustre apelou para a doação (a desculpa), e na empolgação preencheu (ou recebeu) um recibo futurístico de novembro de 2011 (!?).
Um detalhe muito importante, que muitos não viram, além da data, o recibo é de R$ 18,6 mil! Opá! sabemos que a matemática destes políticos nunca batem mesmo, mas vamos tentar ajudar: 24,8 – 18,6 = 6,2.
Os R$ 6 mil foram para onde, senador?
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Tecnólogo, Lorena, SP