A poucos dias do primeiro turno das eleições presidenciais torna-se inevitável uma avaliação sobre o grau de veemência, virulência ou mesmo violência da presente disputa eleitoral.
A avaliação será subjetiva, não há como medi-la em termos de intensidade ou quantidade. Mas é essencial aquilatar o teor do que se passa nos palanques e ruas de modo a evitar que o clima de um eventual segundo turno assuma proporções ainda mais graves.
Convém lembrar que no fim da noite de 26 de outubro, quando a contagem dos votos estiver concluída, começará uma tarefa ainda mais árdua e imprevisível do que a escolha do novo chefe de Estado: acabar com a presente cizânia.
O país não aguenta a manutenção do clima de discórdia e ressentimento. Mesmo os que adoram combates sabem que os gigantescos desafios que se avolumaram nos últimos meses só poderão ser vencidos com um mínimo de entendimento.
Os desafios que nos aguardam não se resumem à área econômica e social. aqueles que foram às ruas em junho-julho de 2013 – e agora, nas urnas, optaram por mudanças – sabem que no redesenho do Estado brasileiro será imperioso encarar a reforma política.
O que nos remete à questão inicial: a turbulência do processo eleitoral porventura não se relaciona com o instituto da reeleição?
É o que vamos examinar nesta edição do Observatório da Imprensa.