[do release da editora]
Trem Doido é o causo que abre e dá nome à nova obra de Mouzar Benedito. Aficionado por viagens – e, como todo bom mineiro, por trens de ferro –, Mouzar logo de início lembra que ‘trem’, para os mineiros pode ser tudo, desde uma doença e o remédio que vai curá-la, até uma mulher bonita – no caso, um ‘trem doido’. Só não serve para dar nome ao próprio trem de ferro que, assim como a cachaça, pode ser chamado de tudo, inclusive de ‘baita’.
Desde a infância, quando ainda morava na Nova Resende de 2 mil habitantes, no interior de Minas Gerais, Mouzar já pesquisava o mapa do estado e se encantava com os nomes de algumas cidades. E, assim, sem perceber, já ia traçando como seria sua vida: a trabalho, turismo ou simples bandalheira, percorreu o Brasil de ponta a ponta, sempre prestando a atenção em personagens que tinham algo de diferente para dizer ou mostrar.
O resultado é uma colcha de retalhos, sem ordem cronológica, de fatos curiosos e pessoas incomuns. Mouzar Benedito tem, pelo menos, um causo ocorrido em cada um dos estados brasileiros para contar, incluindo cidades grandes e, outras, tão pequenas que se pode até duvidar que existam, que não são frutos de sua mente fértil.
Apaixonado por sua cidade natal, vale destacar a crônica ‘Mudos de Nova Resende’, em que Mouzar resgata a história de mendigos, loucos e mudos de verdade, figuras hilárias, que povoaram e preencheram sua infância, tornando-a mais interessante e mais humana.
Sobre o autor
Mouzar Benedito, jornalista e geógrafo, é mineiro de Nova Resende. Trabalhou ou colaborou em cerca de 30 jornais e 30 revistas. Participou da fundação dos jornais Versus e Em tempo e colaborou em várias outras publicações alternativas. Tem 22 livros publicados, entre eles, Meneghetti, o gato dos telhados, Santa Rita Velha Safada e Ousar Lutar, e participou de três coletâneas.