Nota publicada no domingo na coluna de Elio Gaspari:
“A voz do dono – Os palácios produzem um tipo especial de boneco de ventríloquo do presidente. É o cortesão que vai para a rua e diz coisas que só lhe trarão dores de cabeça. Quanto piores as críticas que sofre, maior o prestígio que acumula.
Toda vez que o comissário Tarso Genro ataca a imprensa, ecoa o que Nosso Guia diz no palácio. Felizmente, expurga os palavrões.”
Isso é uma daquelas coisas que preocupam.
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No tempo dos ‘vermelhos’
Para quem acha que os jornais hoje têm birra com organizações de esquerda. O Globo, 12 de fevereiro de 1957:
“AS AUTORIDADES da Ordem Política e Social acabam de realizar importante diligência em torno das atividades do Partido Comunista em Pernambuco.
Foi varejada uma entidade clandestina dos vermelhos, apreendendo a Polícia farto material de propaganda, além de documentos comprometedores. Foram aí detidas várias mulheres, esposas de conhecidos extremistas.
Em poder do agitador Diniz Gomes Cabral foi apreendido um documento em que havia várias referências a Prestes, qualificado aí, pejorativamente, como ´um fichinha a serviço do partido´.”