O CQC iniciou sua terceira temporada na TV Bandeirantes em meio a uma polêmica: o quadro ‘Proteste já’ foi proibido de ir ao ar segunda-feira (15/3) por causa de liminar obtida pela prefeitura de Barueri, investigada numa reportagem de Danilo Gentili. A razão da ação judicial foi um aparelho de TV doado pelo programa a uma escola do município paulista em 2009, com um GPS instalado. Rastreado o equipamento, o programa descobriu que o televisor estava na casa da diretora da escola. Com 25 minutos de duração, a reportagem estava pronta para ser veiculada quando a liminar, concedida pela juíza Nilza Bueno da Silva, proibiu a exibição. ‘O CQC está sob censura prévia’, disse o apresentador Marcelo Tas, durante o programa na noite de segunda-feira.
Na tarde de ontem (19/3), a assessoria de imprensa da TV Bandeirantes informou que irá recorrer da decisão. Ao deferir a liminar, a juíza alegou que o programa não concedeu direito de resposta à prefeitura. Durante o programa, Tas só pôde informar que se tratava de denúncia de mau uso de recursos na Secretaria de Educação. ‘O direito de resposta foi assegurado e está na matéria’, disse. Ele lembrou o significado da sigla CQC para mandar um recado à prefeitura de Barueri: ‘Nós vamos mostrar essa matéria aqui custe o que custar.’
A censura despertou reações indignadas na internet, com mensagens de apoio dos internautas à denúncia. Boninho, diretor do BBB 10, da Rede Globo, solidarizou-se no Twitter: ‘Vergonha, dra. Nilza Bueno, que impediu a exibição do quadro no CQC. Censura, não, isso já passou! Quero ver essa matéria no ar.’