Saturday, 23 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Ainda bem que o Brasil são muitos

Argumento de um deputado pefelista ao coordenador político do governo, Jaques Wagner, para o Planalto apoiar o candidato do partido à presidência da Câmara, José Thomaz Nonô, e não o do pemedebista Michel Temer:

É perigoso concentrar tanto poder nas mãos do PMDB. O partido já comanda o Senado e tem a presidência do Supremo Tribunal Federal, com o ex-deputado Nelson Jobim. [grifo meu]

Deu no Estado de hoje. E o papel em que a informação foi impressa não corou de vergonha.

Tampouco enrubesceu a página da Folha que reproduz o que se disseram ontem na sessão conjunta das CPIs dos Correios e do Mensalão a senadora Heloísa Helena, do PsoL de Alagoas, e o deputado Eduardo Valverde, do PT de Rondônia:

Heloísa: “Cabra safado!”

Valverde: “A senhora votou contra a cassação do Luiz Estevão. Seu adversário ACM disse na época que foi porque transou com ele.”

Heloísa: “Se é para falar de sexualidade, dizem que o senhor é envolvido com rede de prostituição, pedofilia e gasta dinheiro roubado em esquema de transporte nas festas da Jeany Mary Corner”.

Adiante. Da coluna Mônica Bergamo, na mesma Folha de hoje: “O ex-prefeito Celso Pitta e um morador de Vila Nova Conceição (SP) foram aos tapas numa padaria do bairro no domingo. Pitta estava tomando café da manhã quando começou a ouvir xingamentos do representante comercial Geraldo – ele não quis dar o sobrenome. “Eu xinguei primeiro. Chamei ele de ladrão e bandido, que merecia estar na mesma cela que o Maluf… Diante da agressão, Pitta diz que não teve outro jeito “a não ser se defender de forma atípica: dei duas, três porradas. Mas isso foi uma exceção. Sou um homem pacífico, tranquilo e respeitoso.”

Mas o Brasil são muitos. Do Estado sobre o que pensam os “velhinhos nas calçadas, chapéu na cabeça”, moradores de João Alfredo, terra natal de Severino Cavalcanti:

“Se ele está pagando é porque está devendo, ninguém paga sem dever”, disse Manoel Soares Cordeiro, 69 anos. E José Quarino de Souza, 70 anos, afirmou ser analfabeto, mas ter consciência do que é errado. “Não voto nele, nem me vendo, nem me troco.”

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