O governo iraniano fechou dois jornais pró-reforma, dando continuidade à censura contra oponentes do regime, noticia a AP [1/3/10]. Segundo o editor Behrouz Behzadi, do Etemaad, sua publicação foi proibida de circular pelo Conselho Supervisor da Imprensa por ter violado o Artigo 6 da legislação de imprensa, que permite o fechamento de jornais por ofensa.
Já o semanário Irandokht teve sua licença revogada, informou o chefe de redação Hossein Karroubi. De acordo com ele, sua mãe, Fatemeh Karroubi, que é proprietária da publicação e mulher de um dos principais opositores do governo, Mehdi Karroubi, perdeu a permissão de administrar o jornal por ‘não estar comprometida à Constituição do país’. Em fevereiro, autoridades iranianas prenderam um dos editores do Irandokht, Akbar Montajaqbi, sem explicações ou acusações formais.
Jornalistas afirmam que o governo do Teerã vem fechando publicações simpáticas à oposição desde a polêmica eleição presidencial em junho do ano passado, que reelegeu o presidente Mahmoud Ahmadinejad e resultou em protestos em todo o país. Desde 2000, o judiciário linha-dura iraniano já proibiu o funcionamento de mais de 120 jornais pró-reforma e prendeu dezenas de editores e jornalistas sob acusação de insultar as autoridades.