Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Vendas do iPad superam projeções


Leia abaixo a seleção de segunda-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Segunda-feira, 5 de abril de 2010


 


TECNOLOGIA


Bloomberg


Vendas do iPad superam as projeções, dizem analistas


‘As vendas do iPad, novo aparelho da Apple, podem ter superado com folga as estimativas iniciais para seu fim de semana de estreia. Instituições especializadas calculam que até 700 mil unidades podem ter sido comercializadas ontem e no sábado, quando o ‘tablet’ (uma espécie de notebook) chegou às lojas nos Estados Unidos. A Apple não divulgou números oficiais de vendas.


A firma de investimentos Piper Jaffray estimava inicialmente vendas entre 200 mil e 300 mil unidades, e a Sanford C. Bernstein, de 300 mil a 400 mil. Além da ‘venda física’ na loja, o iPad poderia ser encomendado em março, para entrega em casa.


O aparelho, que permite navegar na internet, ler livros digitalizados e gerenciar arquivos como músicas, fotos e filmes, é a aposta da Apple para popularizar os ‘tablets’, o que empresas rivais como HP não conseguiram até agora. Tais aparelhos respondem por menos de 1% do mercado de computador pessoal nos EUA, diz a consultoria Gartner.


Há cerca de três anos, as vendas iniciais do iPhone também superaram as projeções e chegaram a esgotar os estoques em muitas lojas. Segundo a Apple, 270 mil telefones foram vendidos no fim de semana de estreia.


Na ocasião, o modelo mais barato do iPhone no mercado norte-americano custava o mesmo que a versão mais acessível do iPad atualmente: US$ 499. Foram comercializados no primeiro ano cerca de 6,1 milhões de telefones, mais do que se espera para o ‘tablet’ no mesmo período (5 milhões), segundo a Sanford C. Bernstein.


No Brasil, ainda não há previsão para a chegada do aparelho, segundo a Apple.’


 


 


Álvaro Pereira Júnior


Será que o iPad é o papel do século 21?


‘Estava marcado para sábado passado, nos EUA, o começo da venda do produto mais hypado do século: o iPad, computador ultrafino e ultraportátil da Apple. Ele é principalmente um e-reader, isto é, um treco que serve pra ler jornal, revista, livro etc.


Muitas grandes corporações editoriais olham pro iPad como última chance de sobrevivência -e capricham em criar versões de seus produtos para essa plataforma. A ‘Sports Illustrated’, maior revista de esportes dos EUA, é a primeira da fila. A ‘Wired’, ainda hoje modernex, também está nessa.


Detalhe: ambas vão cobrar pelo conteúdo no iPad. Seria um jeito de reverter a armadilha que jornais e revistas criaram para si mesmos ao dar conteúdo grátis na web. No iPad, acabou a moleza -vão cobrar e garantir sua sobrevivência (já que em papel não vendem mais e na web não ganham dinheiro).


Mas será tão simples? Jack Shafer, na revista on-line ‘Slate’, tira onda. Revistas das antigas tentando se modernizar eletronicamente? Shafer não acredita, e dá um exemplo demolidor: os esforços enormes que a ‘Newsweek’, segunda maior revista de notícias do mundo, fez nos anos 90 para criar sua edição em… CD-ROM!


O CD-ROM (pronuncia-se ‘rôm’, não ‘rum’) é um formato hoje obsoleto, mas que já foi visto como o futuro da indústria editorial.


Schafer cita um outro autor, Pablo Boczkowski (nomaço!), para desanimar de vez o pessoal das revistas. Diz o cara que o público da web consome informação fragmentada, faz buscas o tempo todo, não tem interesse em leituras longas e profundas.


Assim, não adianta uma revista migrar com tudo para o iPad, porque o público que vai encontrar não está interessado no que ela oferece. Bela encrenca.’


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


Jornal e o diabo


‘‘Hierarquia católica se une em torno do papa para a Páscoa’, dizia a manchete no site do ‘New York Times’, ontem à tarde. Abrindo a reportagem, ‘um cardeal proeminente, em desvio marcante na tradição da missa de Páscoa na Santa Sé, se postou diante de Bento 16 e pronunciou uma demonstração de apoio, em resposta à raiva crescente pelo escândalo de abuso sexual da Igreja Católica’.


No texto ‘mais popular’ do ‘NYT’ de ontem, a colunista Maureen Dowd respondeu aos padres Gabriele Amorth, ‘exorcista chefe da Santa Sé’, que acusou ‘a cobertura do ‘NYT’ de ser instigada pelo diabo’, e Raniero Cantalamessa, ‘pregador da casa papal’, que comparou os ‘ataques’ ao antissemitismo. Sobre o primeiro, ‘não foi o diabo que me fez agir assim, foram os fatos’. Sobre o segundo, fez ‘insulto’ a judeus -do qual o próprio padre já se penitenciou.


Fim do dia, o site do ‘Zero Hora’ noticiou, com eco pelos portais, que a igreja do Rosário havia sido alvo de vandalismo, em Porto Alegre.


REDENÇÃO


Desde sexta-feira na BBC e no ‘NYT’ de papel, ecoa mundo afora o assassinato de Pedro Alcântara de Souza, ‘líder de um sindicato de sem-terra no Pará’. Dois homens em motos acertaram cinco tiros na cabeça de Souza, ‘por suas atividades políticas’, segundo policiais de Redenção. Ele estava com a mulher, no limite de um assentamento na cidade.


O site da revista ‘Time’ destacou ontem longo texto do correspondente Andrew Downie, que entrevistou a viúva do sindicalista, sob o enunciado ‘O lado escuro do milagre econômico do Brasil’, lembrando que a freira Dorothy Stang também foi morta na região.


RESULTADOS


Boris Casoy noticiou no ‘Jornal da Band’ e foi manchete no UOL, de sábado para domingo, ‘Diferença entre José Serra e Dilma Rousseff cai, diz Vox Populi’. No Terra, ‘Serra tem 34% contra 31% de Dilma’. Por outros, também manchete, ‘Dilma sobe e encosta em Serra’.


A cobertura on-line ecoou nota da coluna Painel, no sábado, informando que o questionário incluiu pergunta relativa aos cargos que os candidatos já ocuparam, ‘procedimento conhecido por distorcer resultados’.


COM LULA, SEM FHC


No jornal ‘O Globo’ de ontem, em papel e no site, ‘Nos discursos, Dilma só fala em Lula, enquanto Serra evita Fernando Henrique’. Analisando 13 discursos de Dilma e 32 de Serra, destaca que a primeira citou ‘presidente’ 96 vezes e o segundo citou o ex-presidente 4 vezes.


MAS FHC CONTINUA


FHC publicou coluna ontem no ‘Globo’ e em outros jornais, sob o título ‘Hora de união’, conclamando: ‘Cabe a Serra e a Aécio conduzir-nos a uma vitória. Eles não nos decepcionarão’. O jornal ‘O Estado de S. Paulo’ abriu espaço também para uma sabatina com o ex-presidente.


RISCO BRASIL


Correspondente da Reuters, Raymond Colitt fez um guia dos ‘riscos políticos que requerem atenção’. A eleição brasileira é ‘a de menor risco para os investidores no último quarto de século, mas há alguns’.


Diz que tanto Dilma como Serra ‘acreditam num papel forte para o governo na economia’ e que ‘o mercado não tem preferido’. Avisa para acompanhar: ‘a escolha dos assessores econômicos nas próximas semanas’; o possível desacordo no pré-sal, com efeito nas ações da Petrobras; e um eventual favoritismo de Serra, com efeito nos investimentos na Argentina e na Bolívia.


BOEING VS. EMBRAER


O ‘Wall Street Journal’ noticiou que as ‘Negociações da aviação são paralisadas pelo surgimento de novos rivais no Canadá e no Brasil’. A americana Boeing e a europeia Airbus, que têm ‘acordo informal’ para não vender aviões com financiamento estatal nos EUA e na Europa, querem que a canadense Bombardier e a brasileira Embraer passem a seguir o mesmo padrão.


‘Mas as emergentes estão rejeitando, segundo pessoas informadas sobre a questão.’ O problema é que a Bombardier e a Embraer passaram a produzir aviões maiores -que poderão concorrer com as duas gigantes do setor aéreo, por exemplo, por uma grande ‘encomenda da United Airlines programada para este ano’.


RÁPIDO COMO UMA BALA


Sob o título ‘É um pássaro, é um avião, é Obama!’, Frank Rich ironiza no ‘NYT’ a ‘troca instantânea de imagem’ após a reforma na saúde. Do site Daily Beast ao ‘FT’, Obama é agora o ‘Super-Homem’. O colunista liberal avisa que o teste será ‘a velocidade com que sair da recessão’’


 


 


TELEVISÃO


Andréa Michael


Diretor da Globo aposta em temporadas para variar grade


‘Em uma campanha publicitária veiculada nos principais jornais do país, a Globo anunciou no feriado seu cardápio para 2010. Entre os 63 itens apresentados, apenas sete são lançamentos e quatro ainda estão em fase de produção.


O que estrutura a grade global é o conceito de temporada (conjunto definido de episódios), bandeira de Manoel Martins, diretor de entretenimento desde julho de 2008.


É a ideia de que uma atração não sai do ar necessariamente por ser ruim, mas para resolver uma equação de três variáveis: oferecer mais opções ao telespectador, manter o elenco (atores, diretores e autores) ocupado e motivado e otimizar os investimentos da emissora.


Entre abril e junho, serão cinco novas séries, contra três lançadas em 2009. As novidades vão conviver com programas tão consagrados quanto antigos como ‘A Grande Família’, há nove anos no ar.


‘Nosso desafio é saber o exato equilíbrio entre a volta de um produto em segunda temporada e o lançamento de um novo’, diz Martins, também preocupado com a concepção de projetos experimentais.


Com a ajuda de planilhas, o diretor organiza e acompanha a produção simultânea de 70 a 80 atrações no Projac, no Rio.


A lista inclui mega produções, como os capítulos deuma série, a um custo de até R$ 1 milhão cada um, e os de novelas, em média R$ 460 mil por episódio.


PEDREIRA 1


Enquanto descansa após o fim de ‘Poder Paralelo’ e aguarda a vez de voltar ao ar no horário das 22h da Record, em 2011, Lauro Cesar Muniz se dedica ao roteiro de um filme sobre os últimos dias de Getúlio Vargas, com produção e direção de Daniel Filho.


PEDREIRA 2


E o autor não para por aí. ‘Para o teatro, quero escrever uma comédia para rir da morte…’, contou à coluna.


ARE BABA


Arthur Veríssimo embarca nesta quarta para a Índia. Acompanhará o festival religioso mais antigo do mundo, o Kumbh Mela. O evento acontece a cada 12 anos e reúne peregrinos, gurus e turistas. As imagens serão exibidas no ‘Manhã Maior’, da Rede TV!.


ESPECTRO


Líder no mercado de parabólicas, a Century desenvolve um decodificador capaz de captar até 40 canais abertos de outros países. Vão se juntar aos 33 já recebidos pelo aparelho convencional. Chegará até o fim do ano por menos de R$ 500, diz Marcello Martins, diretor de novos negócios da empresa.


MALUCO A cinebiografia ‘Loki’, de Paulo Henrique Fontenelle, sobre Arnaldo Baptista, dos Mutantes, chega à TV aberta no dia 9 de abril, na Cultura.


PET SHOP


No ‘Minha Vida É Minha Cara’ (FTV Brasil) desta quinta, às 21h30, a jornalista Barbara Gancia e a escritora Índigo falarão sobre caninos e felinos. Algumas das conclusões: o gato é misterioso; o cão, brincalhão.’


 


 


Lúcia Valentim Rodrigues


Adaptação de HQ diverte, mas não se compara a ‘24 Horas’


‘No primeiro episódio de ‘Human Target’, conhecemos Christopher Chance (vivido por Mark Valley) em uma situação inusitada: ele é refém de um homem-bomba que invade uma grande empresa.


Na verdade, ele se faz passar pelo empresário que demitiu o tal suicida. Assume sua identidade temporariamente para evitar o assassinato do cliente. Mas nem por isso Chance tenta diminuir o tamanho do estrago que é causado. Sangue não é problema dele.


Baseado nos quadrinhos da DC Comics, o seriado de ação foca esse agente secreto superespecializado, mas que resolveu virar free-lancer de magnatas e ricaços envolvidos com problemas bem sérios.


Em vez de livrar a pessoa do problema, ele dá outra alternativa: ficar de frente para o perigo. O ‘consultor’ vira um alvo humano, daí o título da série.


Os motivos não ficam muito claros, mas tem algo a ver com adrenalina, uma necessidade de brigar e uma culpa escondida no passado, que, aos poucos, vai sendo revelada.


Ele tem a ajuda de um sócio e um hacker para solucionar as crises em que se mete. Mas a pancadaria fica por conta dele mesmo. Para os saudosistas, lembra o estilo de ‘Esquadrão Classe A’, sucesso de 1983.


Produzido pela Fox, o programa estreia no Brasil hoje à noite, mas pela Warner -as vendas internacionais não precisam respeitar a exibição na emissora de origem.


Só se espera que ‘Human Target’ não seja a aposta para preencher o tempo dos fãs de ‘24 Horas’. É apenas um divertimento barato, que nem se compara à pior hora de vida do veterano Jack Bauer.’


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Segunda-feira, 5 de abril de 2010


 


TECNOLOGIA


Lucia Guimarães


Ai, Ai, Pad


‘Jornalismo com bola de cristal tem seus riscos. Ainda mais antes de um feriado longo. Jornalista gosta de folga tanto quanto qualquer mortal. Mas há que se evitar certas tentações. Foi assim que, em maio de 1981, uma certa descrição da habitual audiência de quarta-feira na praça do Vaticano misteriosamente careceu de um detalhe: o papa tinha levado quatro tiros de um terrorista turco.


Quando outro esperado ritual acontecer, estarei longe de Manhattan. Antes de partir, ofereço um pouco de realismo em ficção. A salinha de correspondência do meu edifício terá sido frequentada com ansiedade no sábado. Seletos vizinhos sorridentes vão tomar posse de suas caixas com o orgulho de serem os primeiros a ativar seus iPads.


E, nesta segunda de manhã, estarei me equilibrando na banqueta do café da esquina, lendo um jornal que mancha meus dedos de tinta. Deixo para ler os tabloides na rua e reservo a santidade do lar para o New York Times e outros. Alguém há de puxar a banqueta ao meu lado, disparar um olhar de superioridade e sacar de sua bolsa o novo Santo Graal. Vou me controlar para não esticar o pescoço e espiar a tela. A única primeira edição que me interessa comprar é a de Ulisses e, ao preço atual, está fora de questão. No mundo da eletrônica e da automoção, considero os primeiros compradores cobaias – pioneiros que fazem o dever de casa para mim. Neste caso, eles são passionais, a Apple é um culto nos Estados Unidos, com mais seguidores do que a Scientology, mas toma menos dinheiro do que a ‘igreja’ de Tom Cruise e dispensa felicidade terrena.


O tablete branco de US$ 500 a US$ 830 tem o potencial de influenciar minha vida profissional mais do que as minhas idiossincrasias de consumidora. O iPad chega com a aura messiânica de ajudar a resgatar uma indústria da obsolescência trazida pelo conteúdo grátis. E há um punhado de tabletes de outros fabricantes fazendo fila para chegar ao mercado até o ano que vem. A Viacom move um processo de US$ 1 bilhão contra o Google acusando o gigante da busca de ter comprado o YouTube sabendo das infrações de copyright que permitiram o crescimento do serviço de vídeo online. Jornais começam a erguer seus muros eletrônicos para cobrar por acesso a matérias. O Hulu, o site de TV, não exibe mais o programa de Jon Stewart. Estamos atravessando um jacobinismo previsível, depois da ressaca do clima de ‘a informação quer ser grátis’.


Garanto que o slogan não colou quando renegociei meu seguro saúde e o aluguel do apartamento. Há dois domingos, às 7h55 da manhã aperto o rosto contra o vidro da resplandecente loja da Apple. Peço um pouco de crédito a quem desconfia do meu masoquismo pela frase anterior. O programa de instrução de edição da empresa é tão popular que é mais fácil marcar uma audiência particular com o prefeito Bloomberg. Morta de sono, fui ao subsolo onde o formigueiro de jovens de camiseta azul já começava a circular. O meu instrutor de edição digital me dirigiu aquele olhar afetuoso e condescendente que deve reservar à geração de seus pais – a minha. Não me importo de ser subestimada, não considero nada pessoal. Enquanto ele dizia palavras introdutórias de conforto, como um dentista empunhando a broca, abri meu notebook e desfiei o rosário de desafios que tenho enfrentado para conciliar minhas reportagens em HD com meus arquivos em diferentes formatos e o programa de edição. O guri recalibrou a atitude e partiu para o que me interessava: soluções técnicas.


Posso ter impressionado o instrutor, mas não me engano. Na véspera, havia passado o dia numa feira de empregos promovida pela Columbia University. Centenas de estudantes da melhor escola de jornalismo do país, um grupo que inclui graduandos dos cursos de broadcasting e mídia digital, foram de mesa em mesa conversar com empregadores potenciais, da BBC a uma pequena estação de rádio do Meio-Oeste. A brazuca aqui foi tratada a pão-de-ló pelos recrutadores da Columbia. Só procuro cerca de um assistente. Mas o mercado para jornalistas, bem, preciso me estender?


Pela minha mesa passaram sete candidatos potenciais, quatro com hora marcada e três que se aproximaram quando viram a palavra ‘Brazilian’ numa placa. A paixão pelo Brasil está em alta entre os jovens aqui. Todos estão chegando ao mercado de trabalho com um preparo técnico e editorial que jamais sonhei receber. Gravam e editam em vídeo digital, escrevem textos articulados, dominam os detalhes técnicos do jornalismo online. E são mais cosmopolitas do que o clichê do americano alienado e monoglota.


O que isso tem a ver com o lançamento do iPad? As primeiras resenhas do produto são mistas. Trata-se de um grande passo em direção à portabilidade e o apuro visual que vai tornar a leitura de conteúdo mais atraente. E, de quebra, torcemos, pode tornar a publicidade um fator econômico na manutenção do jornalismo eletrônico.


Mas, além de reclamar que os blogs roubam nossos textos, não podemos ficar à espera do Santo Graal. O racha entre os despossuídos e os enriquecidos pela tecnologia no jornalismo precisa ser vencido ou a condescendência do meu instrutor daquela manhã de domingo logo será justificada.’


 


 


TELEVISÃO


Keila Jimenez


TVs disputam milhões fora do gramado


‘Copa Mundo é sinônimo na TV de caixa engordado por anunciantes, certo? Sim, mas as emissoras que não possuem os direitos do mundial da África, e que se mobilizaram comercialmente para tirar sua lasquinha, ainda não conseguiram abocanhar os milhões que o mundial parece reservar. Na Record, segue em processo de negociação a venda das quatro cotas de patrocínio do pacote O Outro Lado da Copa – a R$ 27 milhões cada um – que inclui vários programas da casa a partir de maio. No SBT, as cotas do programa de Pelé – a R$ 13 milhões cada um -, sobre a Copa, também estão em negociação, assim como o pacote com cinco cotas dos Bastidores da Copa, da Rede TV!.


Internacional. Em Nova York para a gravação do curta americano No Parque, Ary Fontoura já tem um rumo certo quando voltar ao Brasil. O ator começará a se preparar para Lado a Lado, a próxima novela das 9 da Globo, de Gilberto Braga


650 mil dólares é o que a Fox pretende cobrar por 30 segundos no intervalo do episódio final de 24 Horas


‘É mentira que Fátima Bernardes vá participar do quadro Dança dos Famosos. Falta de notícia é fogo…’ William Bonner no seu célebre Twitter


A Globo já se prepara para a mudança que pode ocorrer no horário das partidas de futebol em São Paulo. O projeto de lei que prevê que os jogos na cidade não terminem após as 23h15 acabará espremendo ainda mais a programação da emissora às quartas-feiras, dia de jogo.


Nos bastidores é certo que a rede – que não fala sobre a lei enquanto ela não entrar em vigor – não deve retirar nada de sua grade, apenas encurtar novelas e jornalísticos.


Aprovado pela Câmara, e vetado pelo prefeito Gilberto Kassab, o projeto de lei voltou para a mão dos deputados, com grande chance de ter o veto derrubado e entrar imediatamente em vigor.


A MTV anda negociando um imóvel para uma nova sede na região da Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo.


Certo mesmo na emissora musical é a festança em comemoração aos 20 anos no ar. Será em outubro, com ares de VMB.


Quarta-feira é o dia da grande virada de Bela, a Feia, na Record. A emissora espera uma boa audiência no capítulo em que Bela (Gisele Itiê) fica bonita de vez.


Promessa de Boninho: No Limite, que volta em versão mais hard, no segundo semestre, terá inscrição relâmpago, de 20 de abril a 20 de maio.


A terceira temporada de True Blood, da HBO, já tem data para começar nos EUA: junho.


Algo mudou no destino previsto para Ariane (Christine Fernandes) em Viver a Vida, não? A médica dava toda a pinta de que ficaria com o marido de sua paciente Marta (Gisela Reimann) quando a mesma morresse de câncer. Ariane agora está se enredando com Jorge (Mateus Solano) e Marta e seu marido sumiram.’


 


 


 


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