O episódio das caricaturas de Maomé melhorou a posição, nas pesquisas de opinião, do partido mais xenófobo da Dinamarca, enquanto abria espaço, nas ruas de países com maioria islâmica, para manifestações cada vez mais violentas.
Uma deputada holandesa nascida na Somália, Ayaan Ali, enumera em entrevista à revista alemã Der Spiegel, traduzida no Estadão de domingo (19/2), vários episódios em que a mídia européia se submeteu a pressões islâmicas contra a liberdade de imprensa. É um roteiro interessante, que remonta a 1980. O Estadão reproduz também artigo de um jornalista dinarmarquês que mostra o crescimento do antagonismo aos imigrantes.
A revista The Economist diz que uma pesquisa publicada no início de fevereiro deu ao Partido do Povo Dinamarquês, liderado por Pia Kjaersgaard, um aumento de intenções dos 13,3% obtidos nas eleições gerais de 2005 para 17,8%.
Ver, no Verbo Solto, ‘Europeus advertem: a mídia não pode tudo‘.