Do leitor José de Souza Castro:
‘Muito valiosa essa entrevista [‘O crime organizado na política nacional‘]. Mauro Malin obteve boas informações de Lucas Figueiredo. Mas não se falou da atuação de Walfrido dos Mares Guia na venda das ações da Cemig, que transferiu sua gestão para o Banco Opportunity e para três empresas americanas – o que só não foi adiante porque o sucessor de Azeredo, Itamar Franco, impediu. Não se falou também naquela condenação de Lucas e da editora Record a pagar cerca de 200 mil reais a um juiz alagoano, feita meio debaixo dos panos pelo Tribunal de Justiça de Alagoas. Nenhum tribunal superior reformou aquela decisão, que expôs um tribunal à suspeita de corporativismo, de beneficiar a indústria da indenização, favorecendo juiz e advogado, e de tentar intimidar um repórter? Alagoas, um estado tão pequeno, com problemas tão grandes na política e no judiciário, é de dar pena! Mas a situação de Minas, um estado tão grande, também preocupa, pois não sabemos o que se passa, de fato, no seu governo. A imprensa mineira, que sempre gostou de um silêncio cúmplice, nunca esteve tão silenciosa como no governo Aécio Neves. Até para um mineiro, é irritante a capacidade que seus políticos e sua imprensa têm de se articularem entre si. Aécio é amigo de Azeredo que foi criticado por Itamar que agora, como presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, voltou a ser grande amigo de Aécio que continua amigão de Azeredo… uma história sem fim.’
Aguardam-se novas contribuições vindas das montanhas onde nasceram tantos cidadãos e cidadãs assinalados.