Saturday, 23 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Sabe-tudo

Os repórteres já sabem: em dúvida, o
melhor é perguntar para a inspetora Marina Magessi, da Polinter do Rio de
Janeiro. Ela fornece informações com um grau estupendo de detalhamento. Nesta
terça-feira já explicou o que aconteceu no Morro Dona Marta, em Botafogo:
subproduto da ocupação da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, pela Polícia
Militar. Diz no O Globo: “A favela em Copacabana é controlada pela mesma
quadrilha do morro de Botafogo”. Os morros são vizinhos, como se pode ver na
foto abaixo, gentileza do Google Earth. (O Morro Dona Marta é o do alto, no
centro. À direita, no alto, o dos Cabritos. A área cinzenta contígua é o
Cemitério de São João Batista. Dá para ver uma nesga da Praia de Copacabana no canto inferior direito e duas curvas da Lagoa Rodrigo de Freitas à esquerda. O morro que ocupa a posição central da foto, entre Copacabana e a Lagoa, é o do Cantagalo.)






A inspetora Marina é capaz de dizer
quantos “soldados” tem essa ou aquela facção de traficantes, realiza cálculos
detalhados sobre o faturamento em cada local de atividade criminosa. Todo esse
conhecimento, aparentemente, só flui para a mídia e chega à polícia pela
televisão, pelo rádio, pelos jornais.


Pena que, aparentemente, a
inteligência policial só parcialmente seja usada para desarticular quadrilhas.


A grande pergunta é: até que ponto
as autoridades estão dispostas a desarticular quadrilhas?


Cartas para a redação.