Folha de S. Paulo, 27/2
Folha lidera venda de jornais no país
Pelo terceiro mês consecutivo, a Folha manteve a média diária de vendas acima dos 300 mil exemplares, consolidando-se na liderança do mercado de jornais. Nenhum outro rompeu essa marca.
Em janeiro, a circulação média diária da Folha foi de 301,9 mil exemplares, alta de 0,21% em relação a dezembro do ano passado.
‘O Globo’ teve queda de 6,51% em sua circulação média diária, passando a 277,6 mil exemplares no mês. Mesmo assim, manteve-se na segunda colocação entre os jornais de circulação nacional.
‘O Estado de S. Paulo’ ficou na terceira posição, com 253,6 mil exemplares diários, alta de 1,42% no período.
O ‘Agora’, que pertence ao Grupo Folha, também aumentou sua vantagem, crescendo 4,35% em janeiro. Com uma média diária de 94,6 mil exemplares vendidos, o jornal teve circulação maior que a de seus dois concorrentes diretos somados, ‘Jornal da Tarde’ (42.775) e ‘Diário de S.Paulo’ (33.761).
Os números divulgados pelo IVC (Instituto Verifi- cador de Circulação) confirmam a tendência de que os jornais de circulação nacional vão liderar o crescimento do setor nos próxi- mos anos, após o arrefecimento da crise financeira.
RETOMADA
Até meados do ano passado, o mercado assistiu à expansão dos títulos ‘populares’ de circulação regional.
Esses veículos ganharam força durante a crise, que fez os títulos ‘nacionais’ pisarem no freio.
Naquele momento, os ‘populares’ apostaram na venda do jornal atrelada a brindes. Os analistas do IVC previam que essa estratégia seria insustentável.
No mês, o ‘Super Notícia’, que circula em Belo Horizonte e é o líder na categoria, já teve queda de 1,6% nas vendas -média diária de 292,3 mil exemplares.
Com a recuperação econômica, as publicações ‘nacionais’ retomaram investimentos, principalmente em assinatura, e inovaram em promoções.
Muitas passaram a vender a assinatura permitindo acesso livre ao site. Também lançaram versões para iPad e smartphones.
Nesse período, a Folha manteve o investimento para garantir sua distribuição. Ao mesmo tempo, implementou uma reforma editorial e gráfica, integrando o jornal com sua plataforma de internet.
Ainda segundo os analistas do IVC, essa mudança teve impacto positivo e atraiu novos leitores, principalmente entre os jovens.
Resultado: nos últimos 12 meses, a Folha passou de uma média diária de 286,1 mil exemplares diários para 301,9 mil exemplares, uma alta de 5,5%.
O Estado de S.Paulo, 27/2
Marili Ribeiro
‘Estado’ e ESPN ampliam parceria e lançam a nova Rádio Estadão ESPN
Chega ao mercado no final de março a Rádio Estadão ESPN, que assume a frequência FM 92,9 no dial. Com muito jornalismo e uma extensa cobertura esportiva, a nova emissora é fruto da parceria entre o Grupo Estado e a ESPN Brasil, operadora do canal esportivo ESPN em TV paga.
As duas empresas mantinham uma associação desde 2007 para as transmissões de jornadas esportivas na Rádio Eldorado. Essa iniciativa evoluiu para o lançamento da nova emissora, mais robusta na aposta no radiojornalismo de qualidade.
A Rádio Estadão ESPN vai operar sob responsabilidade editorial do Grupo Estado e inclui o fornecimento de conteúdos esportivos das equipes da ESPN. Em São Paulo, além do canal FM 92,9, contará com a frequência AM 700, e, em todo o Brasil, será transmitida por uma rede de emissoras afiliadas.
A parceria engloba ainda o site espn.com.br, que ficará abrigado no portal estadão.com.br. A atual Eldorado FM não desaparece, mas terá sua programação transferida para outro dial, o 107,3 FM (leia texto ao lado).
‘O movimento faz parte de um processo de fortalecimento da nossa plataforma de esportes, em especial porque o interesse pelo tema vai ficar ainda mais aguçado nos próximos anos, com a realização da Copa do Mundo em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016 no Brasil’, diz Silvio Genesini, diretor-presidente do Grupo Estado. ‘O fato de o site da ESPN vir para dentro do Portal do Estadão é também um passo nessa direção. Temos projetos esportivos em andamento que envolvem aparelhos móveis e também as versões impressas que produzimos.’
‘O projeto amplia o jornalismo do Grupo Estado, que fica ainda mais multiplataforma. Passamos a contar com uma rede de rádio aumentada com a bem-sucedida parceria com a ESPN, somando os talentos jornalísticos de todas as equipes. Esse complemento se dá tanto na rádio como na internet, porque o Portal Estadão vai hospedar o site da ESPN, e ainda vamos preservar a programação musical da Rádio Eldorado’, diz Ricardo Gandour, diretor de conteúdo do Grupo Estado.
Aceitação. Em 2007, quando as empresas se reuniram na experiência de transmitir futebol pela Rádio Eldorado, não imaginavam a rápida aceitação da iniciativa pelo público e pelo mercado publicitário. O sucesso atingido resultou em dois prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 2007 e 2010.
‘Nós da ESPN estamos muitos entusiasmados em poder ampliar essa parceria com o Grupo Estado. Criamos uma rádio com o conceito que sempre sonhamos, fundamentada em um projeto editorial all news e esportes, com inserção de notícias o tempo todo e uma grande parte da programação destinada ao esporte’, diz German Hartenstein, diretor-geral da ESPN Brasil.
‘A rádio Estadão ESPN é a prova concreta de que a parceria deu certo. Depois de mais de três anos preparando o terreno para que esse projeto acontecesse, teremos uma rádio de extrema qualidade que terá a força e o conteúdo desses dois veículos’, reforça José Trajano, diretor de jornalismo da ESPN.
O meio rádio, aliás, vive um ótimo momento no País. Registrou no ano passado um crescimento de 10,9% na receita publicitária em relação ao ano anterior, segundo os recém-divulgados dados da evolução do faturamento dos veículos de comunicação feita pelo Projeto Inter-Meios, do Grupo Meio & Mensagem. No total, a mídia rádio rompeu a barreira do bilhão de reais, com os investimentos dos anunciantes chegando a R$ 1,095 bilhão em 2010.
A união das empresas endossa a estratégia de aumentar a oferta de produtos multimídia para um mercado cada vez mais demandado e mais conectado. A nova rádio passa a contar com os profissionais dos jornais O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde e do portal estadão.com.br. Um novo estúdio, além das atuais instalações da rádio, está sendo montado dentro da própria redação, para dar agilidade a todo o processo e aumentar a integração das equipes.
A equipe da Estadão ESPN contará, no total, com 40 pessoas, sendo 33 vozes no ar. ‘O lançamento da rádio complementa a estratégia multimídia do Grupo Estado e enriquecerá, via áudio e parcerias com a TV Estadão, o portal Estadão’, diz Pedro Dória, editor-chefe de conteúdos digitais do Grupo Estado.
O Estado de S. Paulo, 28/2
Marili Ribeiro
TV bate recorde em faturamento de mídia
O mercado publicitário cresceu 17,7% em 2010, movimentando R$ 29,1 bilhões aplicados pelos anunciantes em veículos de comunicação, segundo o levantamento do Projeto Inter-Meios. Quem mais faturou foi o meio televisão, que bateu recorde desde que o projeto começou a realizar esse estudo. Ficou com 62,9% do total investido em mídia no ano passado.
O Projeto Inter-Meios é coordenado pelo Grupo M&M em parceria com a PriceWaterhouseCoopers. A marca atingida pelas emissoras de televisão aberta, além de ser a maior desde o início do estudo em 1990, apresentou uma evolução de 21,6% sobre o ano anterior. Graças ao forte crescimento do números de assinantes, o meio TV por assinatura também apresentou evolução bastante positiva, com 22,9% a mais do que em 2010.
José Carlos Salles Neto, presidente do Grupo M&M, aponta como principal motivo para o bom desempenho do mercado publicitário em 2010 a Copa do Mundo, evento que movimenta milhões de reais e privilegia o meio TV. Já para 2011, Salles Neto prevê crescimento mais modesto, algo me torno de 10% sobre 2010.
Outro meio que segue crescendo com destaque é a internet, que liderou os resultados do estudo com crescimento de 27,9% no faturamento. Mas sua participação no bolo publicitário, no entanto, ainda é pequena, não supera 4,6% do total aplicado.
O meio Revista cresceu 14,9%; Mídia Exterior 16,2%, Rádio 10,9%, Cinema 12,9% e Jornal 3,4%. O único meio com desempenho negativo foi Guias e Listas, com -7,8%.