Apontar o que no tempo em que havia revisores nas redações brasileiras se chamava, genericamente, ‘erro de revisão’ é mais velho do que andar para a frente. Com olho de relojoeiro e paciência de Jó, Luiz Garcia faz isso todo dia no Globo e – o que é excepcional na mídia nacional –, o jornal publica.
Mas tanto o leitor apanha daqueles que dele dependem, que de vez em quando registros do gênero se justificam também aqui. Dois, para não cansar.
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‘Nenhum civil sai às daquela que já foi uma das mais vibrantes capitais do mundo árabe’ (legenda no Estadão de 27/1).**
‘O petista espera apenas que o público evite atitudes ‘grosseiras ou violentas’, como à que o próprio Genoino foi vítima em 2003’ (texto na Folha de 26/1).
Colunismo sem luvas de pelica
O contexto nem vem ao caso. Mas este leitor fica à espera do dia em que um colunista brasileiro, se tiver motivo para tanto e coragem de encarar o troco, se refira a algum alto executivo da mídia nacional como fez David Aaronovich, no Guardian de 25/1. Suas palavras: ‘No mundo parcialmente criado pelos degenerados morais que dirigem o [Daily] Express e os mentirosos populistas encarregados do [Daily] Mail…’.
[Textos fechados às 16h43 de 31/1]