O Valor não é apenas o melhor jornal de economia do país. É também um jornal sério.
Mas hoje a sua seriedade foi posta em xeque – e o jornal acusou o golpe, publicando, sem replicar, esta carta do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro:
”No editorial do Valor do dia 19 de maio está escrito o seguinte: “… o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, foi mais longe e declarou, de forma leviana, porque sem provas, que o governo do Estado preferiu negociar com criminosos a aceitar a ajuda do governo federal. Transcrevo abaixo o texto degravado da entrevista: “Nós devemos é nos unir para combater o crime e a violência. E o governo federal ofereceu toda ajuda possível e necessária, e segundo vocês mesmos estão informando, o governo paulista, o governo do Sr Alckmin resolveu ou preferiu negociar com os criminosos do que aceitar a ajuda do governo federal. Não é correto isso que ele está fazendo. Nós temos que tirar isso aí da pauta eleitoral e nos comportar como homens públicos decentes para enfrentar o crime e a violência no país.” Como se vê, a minha declaração sobre a situação da segurança pública em São Paulo não tem a leviandade da simplificação supostamente transcrita pelo editorial. Quando me refiro “e segundo vocês mesmos estão informando”, estou me referindo à enorme massa de informações divulgadas pela própria imprensa. O ex-presidente Fernando Henrique, principal quadro tucano no país, foi quem primeiramente criticou as supostas negociações. Leviana, é, pois, a imputação que me é feita pelo editorial referido.”
O editorial criticado e a carta que o contesta me fazem citar pela enésima vez o dito americano que todo jornal sério deveria afixar no lugar mais visível do ambiente onde são produzidos os seus editoriais:
Todos temos direito a opiniões próprias, mas não a fatos próprios.
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