Monday, 25 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Mediação,apuração e checagem

A propósito de uma nota corporativista (pleonasmo) da Fenaj, Maurício Tuffani fez neste Observatório da Imprensa uma síntese brilhante a respeito das relações entre jornalistas e leitores que agora têm como se expressar imediatamente. É só um parágrafo, mas é preciso citar o que o antecede, para maior clareza.


A liberdade de expressão propugnada por diversos documentos internacionais fundadores dos direitos e garantias fundamentais do cidadão implica também a liberdade de informar (e não estou dizendo ´opinar´) e de ter seus próprios meios para fazê-lo. Ninguém pode ser obrigado a esperar por quatro anos para poder exercer essa liberdade se sente a necessidade de fazê-lo em sua comunidade e não encontra canais para isso. Mas a sociedade deve cobrar a forma como essa pessoa vai atuar. E é por isso que existem diversas formas de regulamentação profissional não cerceadoras.


Não estou aqui defendendo o tal do ´jornalismo cidadão´ nem outras práticas informativas que estão surgindo em decorrência das facilidades trazidas pela internet e pelas novas tecnologias. Isso, assim como muita coisa que vem sendo feita até mesmo por jornalistas profissionais, não tem nada a ver com a função de mediação, apuração e checagem sob o ethos do jornalismo. ´Jornalista cidadão´ pode e deve ter seu canal de expressão, mas não é nada mais que um novo tipo de fonte. Se exercer sua atividade sob as condições exigidas pelo ethos de nossa profissão, deverá ser considerado jornalista‘.


Leia o artigo: ‘O assassinato, o jornalismo e o mito da caverna‘.