A edição da Veja que chegou hoje às bancas conta a história de um certo Roberto Marques, apelido “Bob”, uma espécie de faz-tudo do ex-ministro José Dirceu. Segundo documentos da CPI dos Correios, ele teria autorização de Marcos Valério para sacar R$ 50 mil de uma agência do Banco Real, em São Paulo. Aparentemente, quem acabou fazendo a retirada foi outra pessoa.
O que importa na matéria, do ângulo da ética jornalística, é menos o que ela possa ter de acertos e erros do que a legenda da sua foto principal, tirada em lugar e tempo não identificados, em que Bob aparece poucos passos atrás de Dirceu, carregando uma maleta e uma sacola.
O título da legenda é “Dúvida”. O texto: “O que será que o ajudante Bob Marques carregava na mala da foto? Documentos, autorizações de saque, fotos de Fidel Castro, as cuecas de José Dirceu? Os dois, segundo Bob, são amigos há mais de vinte anos”.
É a cafajestice impressa na mais lida revista semanal de informação do país. Não faria a menor diferença se tivesse saído no asqueroso tablóide Sun, o mais lido jornal da Inglaterra.