Na Folha de ontem (5/3), em entrevista a Márcio Senne de Morais, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman chama a atenção para a diferença entre espuma e correntes profundas:
“Com nossa atenção centrada nas primeiras páginas dos jornais, tendemos a atribuir mais peso aos acontecimentos espetaculares do que às coisas subjacentes, muito menos espetaculares, mas muito mais profundas e plenas de conseqüências, que raramente são mencionadas nas primeiras páginas. A longo prazo, serão essas coisas subjacentes que se mostrarão decisivas”.
Não é novidade, os historiadores do século XIX já o sabiam, mas são sempre sábias palavras, úteis para não se fazer uma leitura dos jornais ao pé da letra.