Volta ao noticiário o conflito entre o fundo de investimentos Private Capital Management (PCM) e a empresa de mídia americana Knight Ridder, abordada em 3 de novembro por Carlos Castilho aqui no Observatório, no blog Código Aberto.
A revista The Economist saiu com reportagem sobre o assunto. Diz que o principal executivo da Knight Ridder – que edita 32 veículos, entre eles o Philadelphia Inquirer e o Miami Herald –, Tonny Ridder, fez cortes de pessoal radicais, que lhe valeram a fúria de jornalistas, mas não convenceu a PCM, que mandou vender a empresa. Se ficar, o bicho come. Se correr, o bicho pega.
Outros tópicos altamente relevantes:
1) Em face dos problemas, o diretor executivo do Departamento de Mídia da Northwestern University, Michael Smith, chega a perguntar: uma empresa puramente de imprensa ainda pode existir nos Estados Unidos?
2) Nos seis meses até setembro a circulação diária média dos jornais caiu 2,6%. Jornais e revistas perdem sua fatia na publicidade há décadas, e um escândalo relacionado com números de circulação tornou os anunciantes cautelosos. Desde 2001, classificados impressos perderam 5% do mercado para novos concorrentes online.
3) A resposta dos jornais tem sido a migração para o ambiente online. O número de visitantes únicos de jornais americanos na Web chegou em outubro a 39,3 milhões, mais de um quarto da população americana de internautas. Foi um aumento de 11% em relação a setembro. Só que o faturamento com publicidade na rede ainda não convence.