O problema dos dois partidos que alcançaram o poder federal desde 1994, ambos por assim dizer “paulistas”, o PT e o PSDB, não é que sejam antagônicos, mas que sejam parecidos. Tanto que o PSDB não negou votos no Congresso para reformas no início do governo Lula, desde que Lula promoveu a continuidade da política econômica de Fernando Henrique Cardoso (iniciada por Itamar Franco). O problema é que não se tenham unido contra o partido informal do corporativismo no Brasil.
Os dois partidos, cada um a seu modo e em diferentes momentos, preferiram se unir a diversas modalidades de corporativismo, nos três poderes da República e na sociedade civil. E a mídia, que promove uniões de natureza semelhante – com a Polícia, com universidades, com a Justiça, com sindicatos patronais e de trabalhadores, com igrejas, para dar alguns entre inumeráveis exemplos – foi cúmplice.
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