”Governo joga pesado e consegue aprovar a criação da TV Brasil”, diz um título do Globo de hoje.
O jornal não estaria errado se tivesse dito: “Oposição joga pesado e não consegue impedir a criação da TV Brasil’.
Ou, como se lê no único editorial do dia sobre o assunto, no Estado:
”[…] a oposição, radicalizada, não tem do que se queixar quando o outro lado a faz provar do próprio veneno.”
E mais:
”Desde que subiu ao Senado […] a MP da TV Pública foi alvo da guerrilha parlamentar do PSDB e do DEM para que morresse na praia. […] Na sessão da terça-feira, a oposição recorreu aos artifícios que estavam a seu alcance para deixar no limbo a MP da discórdia.” […]
”Os senadores oposicionistas aproveitaram o dia para discorrer sobre temas de alta indagação, como a devassa autorizada pela Justiça no apartamento do falecido senador Antonio Carlos Magalhães, numa disputa sobre a sua herança, até a proibição a uma jornalista de entrar no plenário por causa do seu traje.”
”Se essas manobras são permitidas pelas regras do jogo (duro), o mesmo se dirá do troco recebido.”