O Wall Street Journal lançou, esta semana, sua esperada edição local de Nova York, para competir diretamente com o New York Times. Batizado de Greater New York, o caderno será publicado seis dias por semana na área metropolitana de Nova York, além de partes de Long Island, Nova Jersey e Connecticut.
Mas o jornalão nova-iorquino promete não se deixar abater pelo desafio imposto pelo magnata Rupert Murdoch, que comprou a Dow Jones, dona do Journal, em 2007, e desde então deixou claro seu objetivo de ampliar o conteúdo do jornal financeiro para poder competir com o Times. Em uma entrevista ao Financial Times na segunda-feira [26/4], o presidente de mídia da New York Times Company, Scott Heekin-Canedy, afirmou que o diário está em negociação com jornais regionais para fornecer conteúdo local em pelo menos 15 mercados do país. Em cinco deles as negociações estariam em fase avançada, disse Heekin-Canedy, citando Chicago e São Francisco.
A edição nova-iorquina do Journal, segundo análise da revista Editor & Publisher [26/4/10], especializada na indústria jornalística, está próxima a um jornal local completo, incluindo duas páginas com notícias esportivas, uma coluna de humor, além de seções de colunismo social e fofoca de celebridades. Também está presente um dos temas preferidos dos moradores da Big Apple: a análise do mercado imobiliário – residencial e comercial – na cidade.
Na internet, o Journal juntou-se à rede social Foursquare, em que usuários compartilham sua localização com amigos, para divulgar dicas de conteúdo publicado no caderno local. A edição de lançamento teve anunciantes que não são vistos normalmente nas páginas do Journal, como as lojas de departamentos Saks Fifth Avenue e Bloomingdale.
Diário é o mais vendido do país
Junto ao lançamento do caderno de Nova York, o Wall Street Journal teve uma ótima notícia ao ficar no topo da lista de circulação dos 25 principais jornais do país. Segundo dados divulgados esta semana pelo Audit Bureau of Circulations, o jornal de Rupert Murdoch, apesar de ter crescimento de apenas 0,5% nos últimos seis meses, é o único que não apresentou declínio na circulação. O New York Times ficou em terceiro lugar, com queda de 8,47%. A circulação do Journal é de pouco mais de dois milhões de exemplares, enquanto a do Times, de pouco mais de 951 mil. Com informações do Huffington Post.