Em um único dia, três jornalistas foram mortos em dois incidentes separados na Nigéria. No dia 24/4, Edo Sule Ugbagwu, repórter especializado em assuntos jurídicos do jornal The Nation, foi morto a tiros em sua casa, em Lagos. Já Nathan S. Dabak, vice-editor da publicação quinzenal protestante Light Bearer, e um de seus repórteres, Sunday Gyang Bwede, foram mutilados até a morte em Jos, cidade marcada pela violência sectária. A ONG Repórteres Sem Fronteiras protestou contra os crimes [27/4/10]. ‘Esses assassinatos juntam-se à longa lista de casos de violência contra jornalistas nos últimos anos na Nigéria. Há sete meses, o editor assistente do local The Guardian, Bayo Ohu, foi morto a tiros em sua casa. Pedimos mais uma vez às autoridades para investigar os motivos destes crimes. É vital que nenhuma hipótese seja descartada’, afirmou a entidade. Ugbagwu recebeu um tiro na cabeça, disparado por homens que entraram em sua casa. Seu irmão mais novo, que testemunhou o episódio, contou a jornalistas locais que os assassinos atiraram deliberadamente no jornalista quando ele pediu para se retirarem. Eles fugiram em seguida. Dabak e Bwede estavam viajando com um motorista quando os três foram atacados por um grupo de jovens furiosos com o assassinato de um colega muçulmano. A cidade onde ocorreu o crime, Jos, tem sido palco de disputas entre cristãos e muçulmanos, com jornalistas sofrendo as consequências. A Nigéria ficou na 135º colocação, de um ranking de 175 países, no índice de liberdade de imprensa da RSF.
