Arthur Sulzberger, presidente e publisher do New York Times, revelou, em uma conferência em Londres na semana passada, que o jornal divulgará muito em breve – e com detalhes – planos concretos de cobrança por conteúdo online. Além disso, Sulzberger anunciou que há a possibilidade de se começar a cobrar também pelo aplicativo do jornal no iPad. Ele acredita que o NYTimes.com, que é o site de jornal mais lido no mundo, não verá uma queda massiva no seu tráfego com a introdução do pagamento. ‘Ao ter um modelo pago a partir de um determinado número de acessos, ainda estamos permitindo às pessoas se engajarem com nosso jornalismo e o compartilharem’, afirmou.
O projeto de se cobrar por conteúdo havia sido anunciado há mais de um ano. Leitores serão cobrados quando acessarem um número ainda não especificado de artigos ao mês. Detalhes completos ainda serão definidos. Especula-se que leitores pagarão menos de US$ 20 por mês para acesso completo ao site, o que é menos que uma assinatura do Kindle, da Amazon.
Quando perguntado por que as pessoas pagariam para ter acesso a um site com notícias gerais, o publisher respondeu que a cobertura do jornal é diferenciada. ‘Temos 1.150 jornalistas e 25 escritórios internacionais – maior número em toda a nossa história, em um momento em que muitas organizações diminuíram a cobertura internacional’, disse.
Segundo Steven Brill, co-fundador da plataforma de pagamentos online Press+, o New York Times pode esperar um lucro anual entre US$ 80 milhões a US$ 100 milhões com uma retenção de 90% da sua atual audiência. Assinantes da versão impressa – que custa US$ 11,70 por semana ou US$ 50 por mês – terão acesso gratuito ao site. Informações de Josh Halliday [The Guardian, 2/3/11].