Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Repórter comenta suicídio de personagem

Phil Pagano foi, durante anos, chefe da linha de trens urbanos Metra, em Chicago. Na semana passada, antes de uma reunião em que provavelmente seria demitido por supostos delitos financeiros, Pagano se jogou na frente de um trem da companhia em que trabalhava. No último mês, a mídia local publicou diversas reportagens investigativas sobre o caso de desvio de dinheiro depois de terem surgido acusações de que Pagano teria recebido um bônus errado e descontado férias de maneira imprópria, totalizando um desvio de US$ 56 mil. O senador Dick Durbin, do estado de Illinois, chegou a solicitar uma investigação federal da Metra.

Repórteres de Chicago que cobriam o caso de desvio de dinheiro foram surpreendidos com o suicídio do personagem. Greg Hinz, do jornal de economia Crain’s Chicago Business, afirmou que a morte de Pagano o afetou e a outros jornalistas que trabalham na história. ‘Phil Pagano certamente não trabalhava na Metra para pegar dinheiro de maneira ilegal, do mesmo modo que repórteres não escrevem sobre economia para provocar suicídios. Mas acontecem, ocasionalmente, fatos inesperados na vida. Isto certamente foi o que aconteceu no suposto suicídio de Phil Pagano, horas antes de o conselho da Metra demiti-lo’, afirmou.

Parte do trabalho

Hinz ficou sabendo do caso de tomada ilegal de dinheiro há alguns meses e, embora as informações tenham sido negadas pela Metra, continuou a apurar a história. ‘Eu e outros repórteres começamos a receber telefonemas de pessoas oferecendo explicações sobre os motivos pelos quais Pagano – que teria recebido US$ 250 mil em um ano – precisaria de outros US$ 56 mil’, conta.

‘Escrever sobre o caso faz parte do meu trabalho, mas isto não significa que não nos sentimos mal. Sinto muito que tudo tenha acabado desta maneira’. Informações de Mark Fitzgerald [Editor & Publisher, 7/5/10].