Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

O papel do Facebook na prevenção de suicídios


Folha de S. Paulo, 23/3


Jairo Bouer


O papel do Facebook na prevenção de suicídios


VÁRIOS ESTUDOS têm sido publicados nos últimos meses sobre os efeitos nocivos que o uso excessivo das redes sociais pode trazer para os jovens. Menos horas de sono, maior exposição a ‘cyberbullying’, maior dificuldade de concentração e queda de rendimento nos estudos são só alguns deles.


Mas as redes sociais são hoje, de longe, uma das principais formas de os jovens se conectarem à internet. Que tal, então, pensar em formas de aproveitar a capilaridade dessas redes e a assiduidade da frequência nelas como um potencial indicador de riscos?


Na última semana, o Facebook lançou, no Reino Unido, um sistema que permite que amigos possam avisar autoridades quando percebem que alguém corre risco de cometer suicídio. A iniciativa é uma parceria do site com os Samaritanos (grupo especializado em lidar com essa questão).


A ideia surgiu depois que uma série de usuários postou na rede sua intenção de cometer suicídio.


Agora, se os amigos suspeitam que um contato seu está sob risco, ele preenche um relatório com detalhes, que é encaminhado aos moderadores do site. A ameaça é avaliada, e as autoridades médicas ou a polícia podem ser acionadas, se necessário. Nos três primeiros meses de teste, os relatos de risco de suicídio foram reais e ajudaram a encurtar o acesso a alguma forma de apoio.


Muita gente pode discutir se esse tipo de mecanismo não fere os direitos individuais e a liberdade de expressão dos jovens. Mas também há que se pensar que, muitas vezes, em casos de depressão, o risco de morte pode aumentar muito, sem que a pessoa tenha uma noção ou um controle exato sobre suas atitudes.


Será que esse alerta poderia ser utilizado para outras situações que colocam a vida dos jovens em risco, como nas brigas de gangues ou de grupos rivais ‘agendadas’ pelas redes sociais? O que você pensa disso?


 


 


 


Tele Síntese, 22/3


Conexões à internet no país chegam a 37,4 milhões em fevereiro


Os acessos em banda larga fixa e móvel chegaram a 37,4 milhões em fevereiro, segundo levantamento da Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações). Segundo a entidade, ocrescimento nos últimos 12 meses foi de 52%, com ativação de 12,8 milhões de novas conexões no período, o que significa que a cada dia 35 mil novos clientes foram conectados à internet em alta velocidade no Brasil.


O crescimento dos acessos móveis, entre modems de conexão à internet e terminais de terceira geração (3G), chegou a 82% no período – passando de 12,9 milhões em fevereiro de 2010 para 23,6 milhões no fim do mês passado. Os acessos por meio do Serviço de Comunicação Multimídia – banda larga fixa – passaram de 11,6 milhões para 13,8 milhões no mesmo período, o que representa um crescimento de 18,8%.


De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (22) pela Telebrasil, os últimos 12 meses foram caracterizados tanto pela ampla penetração dos smartphones para acesso móvel à internet quanto pela oferta disseminada de acessos fixos de alta velocidade, em planos com bandas superiores a 10 Mbps.


Nos dois primeiros meses de 2011, além da ativação com fibras óticas da banda larga em Manaus, mais de 120 municípios passaram a ter acesso à internet em banda larga móvel, que já chega a pequenas cidades, com menos de 20 mil habitantes, como Passo do Camaragibe (AL), Candeias do Jamari (RO) e Itapiranga (AM).


Ainda de acordo com dados de levantamento da Telebrasil, 67% dos domicílios brasileiros que têm computador estavam conectados em banda larga no fim de 2010. Os números incluem conexões em banda larga fixa e as oferecidas por meio de modems de acesso à internet móvel. Os dados para 2010 foram projetados a partir da Pesquisa TIC Domicílios 2009, realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.Br).