Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Delegado é morto durante entrevista


Leia abaixo a seleção de quinta-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Quinta-feira, 27 de maio de 2010



 


CRIME


Jean-Philip Struck


Delegado é morto durante entrevista


‘O delegado Clayton Leão Chaves, 35, de Camaçari (BA), foi morto ontem com dois tiros na cabeça enquanto concedia entrevista por telefone celular a uma rádio. Na entrevista, o delegado afirmava que o trabalho da Polícia Civil em Camaçari (cidade a 47 km de Salvador) ajudou a diminuir a criminalidade no município.


Os disparos foram ouvidos pelo público que acompanhava o programa e pelos apresentadores.


GRITOS NO AR


Por cerca de dez minutos a rádio transmitiu os gritos da mulher do delegado, que estava ao seu lado no carro de onde o policial dava a entrevista, mas não se feriu.


‘Pelo amor de Deus, mataram o Clayton’, gritou repetidamente -sua identidade não foi revelada pela polícia.


O som dos gritos só era abafado pelo diálogo dos apresentadores, que especulavam se o carro do delegado havia sofrido um acidente.


De acordo com Raimundo Rui, um dos apresentadores do programa ‘De Olho na Cidade’, da Rádio Líder, de Camaçari, Chaves seria entrevistado no estúdio, mas, minutos antes da transmissão, telefonou e perguntou se a entrevista não poderia ser feita por telefone.


‘Ele avisou que pararia o carro porque a recepção do celular estava ruim’, disse. O delegado parou na estrada da Cascalheira, via que liga Camaçari à orla marítima.


O CRIME


De acordo com a investigação policial, 15 minutos após o início da entrevista, quando um dos apresentadores perguntou sobre as investigações de um homicídio na cidade, um veículo Corsa encostou ao lado do carro do delegado e um homem disparou três tiros -um deles atingiu a porta do veículo.


O delegado morreu na hora, ainda segundo a polícia. Chaves era delegado titular da cidade desde dezembro de 2008. Na entrevista, contou que sua família, antes moradora de Salvador, se mudara recentemente para Camaçari porque a criminalidade vinha diminuindo na cidade. Ele deixa dois filhos.


NINGUÉM PRESO


Policiais do COE (Coordenação de Operações Especiais) da Polícia Civil, do Grupamento Aéreo da Polícia Militar e da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública fizeram buscas na tarde de ontem por suspeitos do crime.


Até a noite, nenhum suspeito havia sido preso. Antes de assumir a 18ª Delegacia de Polícia de Camaçari, Chaves foi coordenador do Grupo de Repressão a Roubo a Estabelecimentos Financeiros, do COE.


FOLHA.com


Ouça o momento em que o delegado é morto durante entrevista folha.com.br/101462′



 


TELEVISÃO


Andréa Michael


Diretor da Globo cobra R$ 60 mi de empresário da TV


‘Está na reta final de tramitação processo em que o diretor da Globo Roberto Talma cobra R$ 60 milhões do empresário Uajdi Almeida.


A dívida tem origem em 1994, quando Talma criou quadros para veicular na TV o serviço 0900, vendido à Telebras e à Embratel por Uajdi.


A parceria Uajdi-Talma era promissora, mas as estatais romperam o contrato unilateralmente.


O empresário processou as companhias e, em 2006, recebeu R$ 253,9 milhões -valor questionado pelo Tribunal de Conta da União. O Ministério Público da corte acha que o total é indevido.


Na ocasião, o Ministério das Comunicações, ao qual a estatal é subordinada, estava sob o comando de Hélio Costa, amigo de Uajdi.


A base da ação de Talma é um contrato particular em que Uajdi assumiu o compromisso de lhe repassar 20% do que ganhasse na causa judicial relacionada ao serviço 0900. Segundo os advogados do diretor da Globo, Uajdi não cumpriu o contrato.


Costa disse que o pagamento feito pela Telebras ocorreu por determinação judicial contra a qual não havia mais possibilidade de recurso e sem qualquer participação sua, fato reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal.


Procurado pela coluna, o advogado de Uajdi não quis comentar o caso.


Exportação A produção infantojuvenil ‘As Férias do Lord Lucas’ (RBS), da Besouro Filmes, é uma das finalistas do Festival Prix Jeunesse Internacional, que começa amanhã em Munique. Conta a história de um menino que passa a achar que a irmã é uma vampira ao descobrir uma mancha suspeita no pescoço dela.


Medalha 1 No melhor resultado do ano, o ‘Fala Brasil’ (Record) registrou 36% da audiência da TV aberta, na manhã de anteontem, com nove pontos no Ibope (540 mil domicílios ligados na atração na Grande SP) -três pontos à frente da Globo (‘Mais Você’) e cinco pontos na dianteira do SBT (desenhos).


Medalha 2 Também na terça, ‘Escrito nas Estrelas’ (Globo) teve público recorde desde a estreia -29 pontos.


Resgate 1 Rejeitado pela parceira no quadro ‘Romance no Escuro’, que estreou no ‘Eliana’ (SBT) no último domingo, o motoqueiro Dino recebeu mais de 6.000 ligações de pretendentes. Voltará ao programa no dia 30 e escolherá a namorada às claras. Inscrições pelo site da atração.


Resgate 2 O ‘Romance’ conseguiu elevar a audiência do ‘Eliana’ para nove pontos (540 mil domicílios ligados na atração na Grande SP), contra sete da edição anterior.


Salada Narrador do SporTV, Luiz Carlos Júnior tem preocupação especial com a seleção grega. ‘Sempre tenho a sensação de que falei um ‘papoulo’ a mais ou a menos’, brinca. A equipe de 56 profissionais do canal segue para a África em 6/6.’



 


João Brant, Jonas Valente e Eloísa Machado


TV digital e o drible na Constituição


‘No meio da Copa do Mundo de 2006, quando ainda achávamos que o Brasil bateria a França e iria rumo ao hexa, o governo federal publicou o decreto nº 5.820, que criou o Sistema Brasileiro de TV Digital. Na mesma semana, duas decepções: o Brasil foi eliminado da Copa e decidiu abrir mão das possibilidades que a TV digital trazia para democratizar as comunicações. Quatro anos depois, temos chance de superar as duas coisas, pelo menos em parte. Uma depende de Dunga e dos 23 jogadores.


A outra depende do Supremo Tribunal Federal, que tem em sua pauta a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) proposta pelo PSOL em 2007. A Adin contesta o fato de o decreto ter entregue, por meio de consignação, mais um canal para os atuais concessionários de TV.


O argumento da Adin foi reforçado pelas entidades Intervozes, Conectas e Pro Bono, que entraram como ‘amici curiae’ na ação e veem aí duas inconstitucionalidades. Para compreendê-las, é preciso saber que a TV digital não é apenas uma evolução da TV analógica.


Além de melhorar a qualidade de áudio e vídeo das transmissões, a digitalização cria uma nova plataforma, viabilizando interatividade (colocando a TV em diálogo com a internet), recepção portátil (em celulares e pequenos aparelhos) e multiprogramação, ou seja, a transmissão de até 8 programações usando o mesmo canal.


Esse novo serviço deveria ser regulamentado e passar pelo processo de novas concessões, respeitando os artigos 175 e 223 da Constituição Federal, que preveem, inclusive, a apreciação das outorgas pelo Congresso Nacional.


Além de passar por cima desse procedimento, o decreto, ao entregar às emissoras o mesmo espaço que já ocupavam no espectro analógico (6 MHz), deixa de promover o pluralismo e a ampliação da liberdade de expressão, preceitos fundamentais de nossa Constituição.


A proibição a monopólios e oligopólios em rádio e TV, expressa no artigo 220, deveria ser uma diretriz para o ato que instituiu a TV digital.


Mas o decreto deixou de observá-la e privilegiou as atuais concessionárias, que já configuram um oligopólio de fato -as quatro emissoras líderes concentram 83,3% da audiência e 97,2% da receita publicitária. No caso da televisão, esse não é apenas um problema econômico, mas uma ameaça à democracia.


A TV digital poderia significar verdadeira revolução democrática, mas o modelo adotado no Brasil aprofunda as desigualdades, com a manutenção da concentração e ausência de competição. A continuar assim, nem deveríamos falar em TV digital -é a velha TV analógica transmitida em outra tecnologia.


Alguns dirão que, dois anos após o início das transmissões, qualquer tentativa de reconfigurar esse cenário irá afetar investimentos milionários feitos pelas emissoras. Há, na verdade, várias saídas para aproveitá-los. O mais importante, porém, é compreender que está em jogo a possibilidade de ampliar a liberdade de expressão e fortalecer a democracia. E liberdade de expressão e democracia não podem ser reféns de fatos consumados.


Ainda mais quando estes são flagrantemente inconstitucionais.


JOÃO BRANT, 31, e JONAS VALENTE, 28, são integrantes do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.


ELOÍSA MACHADO, 31, é advogada da Conectas Direitos Humanos e do Instituto Pro Bono.’



 


FLAGRA


Kenneth Maxwell


‘Fergie’


‘Acredito que as pessoas cobiçosas jamais aprendam, especialmente quanto aos danos que vídeos clandestinos são capazes de causar à reputação de figuras públicas.


O escândalo em Brasília no qual o então governador José Roberto Arruda foi flagrado em vídeo enchendo os bolsos com maços de notas deveria ter servido como aviso. Mas claramente não o fez.


Sarah Ferguson, antiga duquesa de York, foi apanhada em vídeo por Mazher Mahmood, repórter do ‘News of the World’, um jornal sensacionalista londrino, enquanto recolhia avidamente uma bolsa contendo US$ 40 mil, o pagamento inicial das 500 mil que lhe foram prometidas por facilitar o acesso a seu ex-marido, o príncipe Andrew.


A duquesa foi apanhada em flagrante. Nem mesmo tentou justificar a sua atitude. Declarou-se ‘devastada’ e ‘pesarosa’ e pediu desculpas por um sério lapso de julgamento.


Ela aparentemente está enfrentando dificuldades financeiras.


O repórter do ‘News of the World’ personificou um empresário disposto a comprar acesso ao príncipe Andrew, o segundo filho da rainha da Inglaterra, que trabalha como ‘representante da indústria britânica’, não remunerado (mas com despesas pagas), e viaja longamente para promover os interesses britânicos no exterior.


A duquesa declarou na gravação, porém, que o príncipe Andrew era ‘completamente honesto’, e um porta-voz do príncipe afirmou que ele nada sabia sobre as trapalhadas de sua ex-mulher.


Será que alguém realmente se surpreendeu com esse episódio?


Sarah Ferguson decerto não é o mais brilhante dos seres humanos (como tampouco o é o príncipe Andrew). Nos distantes dias da princesa Diana, ela costumava ser ridicularizada como ‘a duquesa da banha’.


Libby Purves, colunista do ‘London Times’, escreve que ‘o desdém da mídia fez muito para prejudicar seu equilíbrio mental naqueles dias. Antes que tivesse cometido qualquer deslize conjugal, Sarah Ferguson já era vítima de insultos e escárnio’.


Howard Kurtz, em sua coluna sobre mídia no ‘Washington Post’, diz que ‘é sempre tentador alegar que os fins justificam os meios’. Mas Roy Greenslade, no ‘Guardian’, observa que o caso atual é só mais um exemplo de sua indigna disposição de fazer quase qualquer coisa por dinheiro.


Uma pessoa deve estar contente com o escândalo. O dominical ‘News of the World’ é publicado desde 1969 pela News International, subsidiária da News Corp., de Rupert Murdoch. Na semana passada, vendeu 2.904.566 cópias, e é o segundo maior jornal no mundo anglófono.


KENNETH MAXWELL escreve às quintas-feiras nesta coluna.


Tradução de PAULO MIGLIACCI.’



 


INTERNET


Silvio Meira


O plano, a banda e a inclusão digital


‘NOS ÚLTIMOS dez anos, regredimos mais de 20 posições nos índices de quantidade e qualidade da infraestrutura digital. Não que o Brasil estivesse indo para trás de forma acelerada: no período, o país viu uma quase universalização dos celulares, um bom aumento da proporção de residências com PCs e a conexão de um bom número de casas à rede.


O que a década de queda -do 38º para o 59º lugar no Network Readiness Index do World Economic Forum, por exemplo- quer dizer é que outros países se moveram muito mais rápido. E isso é um problema, agora e no futuro próximo, primeiro porque muitos deles são nossos competidores, mas também, e mais gravemente, porque o mundo conectado vive, intensamente, a sociedade e a economia da informação e do conhecimento. Estar fora da rede, hoje, é como estar fora do mundo.


E o Brasil perdeu tempo. Muito tempo. Desde os primórdios da internet por aqui, havia planos de universalização do acesso. Sabia-se desde o princípio que a rede iria mudar o mundo e se tornar mais uma de suas infraestruturas básicas, uma ‘utility’ tão essencial como eletricidade, água e esgoto.


O conceito -hoje universal- de tratar telefonia e telefones como apenas mais uma aplicação sobre uma infraestrutura (servidores, roteadores, satélites…) e serviços (os protocolos da rede) padrão da internet tem quase década e meia.


Ou seja, faz tempo que se sabia e se dizia, aos quatro ventos, que tudo o que era comunicação ia convergir, mais cedo ou mais tarde, para a internet. Por que, então, ainda estamos no estágio de penetração e uso de banda larga relatado no ‘Comunicado 46’ do Ipea (ouça um debate sobre esta assunto no link http://bit.ly/a3lIHV)?


A razão fundamental é que o Brasil não teve, na última década e meia, políticas públicas que cuidassem de conectar o país na quantidade e na qualidade que precisamos.


Banda larga não chega nem à metade dos municípios e só existe em cerca de 21% dos lares.


Como se não bastasse, mais de 54% das nossas conexões ‘de banda larga’ têm velocidades nominais abaixo de um megabit por segundo, o que significa que vídeo pela rede, por aqui, é coisa rara. E de má qualidade. O que torna muito difícil educação, saúde e negócios pela rede, entre outras tantas coisas que existem e são usadas, como fato consumado, mundo afora.


Sem falar que, mesmo para o uso comum da rede, mesmo para o que ‘dá para fazer’ com a rede que se tem, o preço do megabit por segundo brasileiro é estratosférico: aqui, como porcentagem da renda familiar, banda larga custa dez vezes mais do que nos países mais conectados. Depois de quase 15 anos de privatização do setor, o ‘mercado’, ou seja, o que temos de políticas públicas, regulação, reguladores e empresas, simplesmente não fez o que deveria ter feito.


Resultado? Voltamos quase a um ponto de partida e decretamos um Plano Nacional de Banda Larga, cuja gestação tem que ser debitada ao cenário descrito acima. A ineficiência das operadoras fixas no provimento de acesso em banda larga em quantidade, qualidade e preço acessível é a mãe do PNBL (ouça um debate em http://bit.ly/bPHa26). Poderiam ter feito -e exigido- muito mais. Não o fizeram. Deu no que deu.


Um PNBL bem executado pode se tornar uma intervenção estatal de qualidade nos negócios de conectividade, e não necessariamente uma nova infraestrutura de serviços de rede necessária para tal.


Até porque o PNBL parece um novo ‘plano de integração nacional’ e seu papel pode ser muito parecido ao das estradas e TVs no passado, ao trazer para a rede mais da metade dos municípios e 70%, 80% das casas.


Muita gente reclama e desconfia do plano, quase como se fosse uma reestatização do setor de telecom.


Mas telecom, a das antigas companhias de telefonia, não existe mais, transformou-se em conectividade, fixa e móvel. E é significativo que o PNBL não trate de mobilidade, e sim de conectividade fixa, onde o mercado, simplesmente, falhou.


SILVIO MEIRA , 55, fundador do www.portodigital.org e cientista-chefe do www.cesar.org.br , passa a escrever mensalmente nesta coluna.’




 


‘The Times’ vai bloquear sites de busca


‘O Google e os demais mecanismos de busca não vão mais poder indexar a nova versão dos sites dos jornais britânicos ‘The Times’ e ‘The Sunday Times’. Dentro de quatro semanas, quando os sites passarem a cobrar pelo conteúdo, os mecanismos de busca não poderão mais indexar reportagens específicas.’


 


Facebook muda sistema de controle de privacidade


‘Alvo de críticas pela falta de proteção às informações colocadas na rede social, o Facebook anunciou ontem medidas para aumentar o controle de privacidade em seu site.


A ação mais importante, e que começa a valer a partir de semana que vem, é um controle que permite que em um único clique o usuário da maior rede social mundial defina quais informações pretende compartilhar com os demais -antes ele só podia escolher cada item separadamente.


Entre as alterações, está também a possibilidade de bloquear o acesso de aplicativos de terceiros (como jogos) aos dados dos usuários.


O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que, mesmo com as mudanças, continuará sendo relativamente fácil encontrar informações sobre os participantes, já que a empresa quer um meio-termo entre a proteção da privacidade e a promoção da sociabilidade na web.


‘Usuários usam o serviço porque adoram compartilhar informações’, disse o criador do site de relacionamento.’



 


MERCADO


Circulação de jornais no país volta a crescer


‘O brasileiro está lendo mais jornais. A circulação média diária nos primeiros quatro meses do ano foi de 4.279.482 exemplares, alta de 1,5% na comparação com o mesmo período de 2009, segundo o IVC (Instituto Verificador de Circulação).


Em março, a circulação média diária foi a maior da história: 4.375.803 exemplares. O número supera o de outubro de 2008 (4.325.417), período que refletia o aquecimento do mercado antes do impacto da crise internacional na economia brasileira.


No ano passado, devido à crise, a circulação dos jornais caiu 3,5% ante 2008.


Segundo o presidente-executivo do IVC, Pedro Martins Silva, o crescimento mostra que a crise ficou para trás.


Na sua avaliação, o baixo desempenho do setor em 2009 foi resultado de uma retração nos investimentos em marketing e vendas na primeira metade do ano.


‘Como qualquer outro produto de consumo, se você não investe em promoção, o consumo cai’, diz.


No entanto, com a mudança na expectativa de crescimento para a economia a partir do final do primeiro semestre, o esforço de vendas voltou.


Para a presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais) e diretora-superintendente do Grupo Folha, Judith Brito, a expectativa é que o setor cresça 8% neste ano.


Além da retomada das campanhas, a expansão deve ser motivada pela Copa do Mundo e pelas eleições.


O levantamento do IVC no quadrimestre considera 97 jornais filiados à entidade nos dois períodos. ‘Houve efetivamente uma recuperação dos títulos filiados, configurando uma notícia positiva para todo o mercado brasileiro’, diz Silva, do IVC.


JORNAIS NA WEB


Levantamento do Ibope-NetRatings mostra que a audiência da versão on-line dos jornais impressos aumentou 15% entre maio de 2009 e abril de 2010. O tempo gasto com a leitura dos jornais na web cresceu 18%. A pesquisa é mensal e por amostragem e envolve 18 mil internautas.’




 


TECNOLOGIA


Apple passa Microsoft em valor de mercado e é 2ª maior dos EUA


‘A Apple passou a Microsoft em valor de mercado ontem e se tornou a segunda maior empresa dos Estados Unidos por esse critério.


As ações da empresa criadora do iPod caíram 0,4% ontem, para US$ 244. Com isso, o valor de mercado da Apple foi a US$ 222 bilhões.


A cifra ficou acima dos US$ 219 bilhões em valor de mercado da Microsoft, que viu ontem suas ações recuarem 4%, a US$ 25.


O valor de mercado é o preço de cada ação da empresa multiplicado pelo número de papéis em circulação, ou seja, representa o quanto um investidor pagaria se fosse possível comprar todas as ações da companhia.


A única empresa dos Estados Unidos com valor de mercado acima do registrado ontem pela Apple é a petrolífera ExxonMobil, que terminou esta quarta-feira com valor de mercado de cerca de US$ 279 bilhões.


REINVENÇÃO


As ações da Apple valem hoje cerca de dez vezes o que valiam há dez anos. A última vez que a Apple havia ultrapassado a Microsoft em valor de mercado havia sido em 1989, de acordo com dados da Reuters.


A Microsoft tem tido crescimento mais lento nos últimos anos e suas ações valem hoje cerca de 20% menos do que há dez anos, apesar de a empresa fabricar o software Windows, que está em mais de 90% dos PCs do mundo.


Já a Apple quase foi à falência no final dos anos 1990 e chegou a receber um investimento de US$ 150 milhões da hoje rival Microsoft em 1997 para ajudar a manter o negócio vivo.


A empresa se reinventou no final dos anos 1990, principalmente depois da volta do presidente Steve Jobs, em 1997. Apesar de ter sido um dos fundadores da Apple, ele havia deixado a empresa em 1985 depois de uma disputa com o conselho de administração da companhia.


Em 2001, a Apple lançou o tocador de MP3 iPod; o aparelho já teve mais de 260 milhões de unidades vendidas. O sucesso do aparelho ajudou a puxar as vendas dos computadores Mac e de outros portáteis como o iPhone. A última aposta da companhia é o iPad, um tablet para navegação na internet.’




 


Brad Stone, New York Times


Justiça dos EUA investiga empresa de Jobs


‘O Departamento de Justiça norte-americano examina as táticas empregadas pela Apple no mercado de música digital. O inquérito antitruste ainda está em estágio inicial, segundo fontes próximas ao caso.


Os investigadores fizeram perguntas específicas sobre recentes alegações de que a Apple usou sua posição dominante no mercado para persuadir gravadoras a recusarem, ao grupo Amazon.com, o acesso exclusivo a lançamentos musicais.


Representantes da Apple e da Amazon se recusaram a comentar o caso.


Em março, a ‘Billboard’ reportou que a Amazon estava solicitando gravadoras a lhe concederem direito exclusivo de vendas sobre certos lançamentos por um dia, antes de pôr a canção à venda amplamente.


Em troca, a Amazon prometia incluir as canções na promoção ‘MP3 Daily Deal’. Segundo a revista, representantes do serviço musical iTunes, da Apple, haviam apelado às gravadoras que não participassem da promoção -se o fizessem, seriam punidos, com a retirada de apoio de marketing no iTunes.


A investigação é uma das diversas que o governo dos EUA conduz sobre a Apple.


Tradução de PAULO MIGLIACCI’




 


CANUDO


Diploma terá novo debate na Câmara


‘A Câmara dos Deputados criou uma comissão especial que discutirá a volta da necessidade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão.


O presidente, deputado Vic Pires Franco (DEM-PA), se mostrou favorável ao retorno da obrigatoriedade.’



 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


Guerra?


‘O ‘New York Times’ postou no site o artigo ‘Dando uma chance à diplomacia’, dos chanceleres Ahmet Davutoglu, da Turquia, e Celso Amorim, dizendo que ‘perder a chance pode ser lamentado por gerações’. O mesmo ‘NYT’ deu em papel e destacou na home a coluna ‘O mais feio possível’, um ataque de Thomas Friedman ao acordo no Irã. Ontem mesmo, no Daily kos e no Huffington Post, a esquerda democrata reagiu, relacionando a coluna à defesa, por Friedman, da invasão do Iraque.


No dia anterior, a manchete do ‘NYT’ revelou que a Casa Branca autorizou operações ‘específicas’ no Irã ‘para reunir inteligência sobre o programa nuclear e identificar grupos dissidentes úteis para uma futura ofensiva militar’. Diz o jornal que ‘o Pentágono tem que fazer planos de guerra’ preventivos.


PRESTANDO ATENÇÃO?


Thomas Friedman cita Moisés Naím como editor-chefe da ‘Foreign Policy’. Na verdade, o ex-ministro venezuelano, um crítico constante de Lula, deixou a ‘FP’ em abril, dando lugar à editora do site da revista, Susan Glasser.


E a home da ‘FP’ destacava ontem um ensaio de James Traub, que escreve no ‘NYT Magazine’ e é membro do Council on Foreign Relations. Em suma: ‘As incursões diplomáticas de Brasil e Turquia podem ser irritantes, mas são sinal de uma grande mudança na maneira como funciona o mundo. Obama está prestando atenção?’.


PONTO PARA A CHINA


Da agência Xinhua ao ‘NYT’, ecoou ontem a troca de ‘farpas’ entre o Irã e a Rússia, sobre o apoio da segunda aos EUA.


Mas a ‘Time’ entrou no ar mais atenta à China, notando que Teerã evitou citar Pequim ao atacar Moscou. No texto ‘O que a China levou para apoiar sanções?’, destaca que colunistas da mídia estatal chinesa, de ‘Global Times’ e outros, espalham que o país não sofrerá restrições à ‘expansão de seus laços econômicos já imensos com o Irã’.


PARA A CHINA


Com foto do próprio correspondente, de helicóptero, o ‘Financial Times’ apresentou Açu, ‘o imenso porto que será autoestrada para a China’. Maior que Manhattan, ‘é construído pelo homem mais rico do Brasil, Eike Batista’, com apoio chinês


TELEGUERRA


‘Wall Street Journal’ e jornais financeiros europeus seguem batalha a batalha o conflito entre Telefónica e Portugal Telecom pela Vivo. Ontem foi dia de ‘guerra de palavras’, com a ameaça espanhola de bloquear dividendos, o que levou a questionamento pelo regulador brasileiro.


No português ‘Jornal de Negócios’, acionistas da PT tratam a disputa como ‘problema nacional’, criticam a ‘arrogância com Portugal’ e avaliam que ‘ficar no Brasil é essencial’.


ANO ELEITORAL


Ao vivo na home do Huffington Post, acima, e na CNN, também na manchete on-line do ‘NYT’, a BP tentava ontem fechar o buraco por onde vaza o petróleo no Golfo do México. Na submanchete do HuffPost, um alerta do marqueteiro democrata James Carville a Obama, ‘Estamos perto de morrer’


MORTO AO VIVO


Foi manchete da Folha.com ao portal iG e aos telejornais nacionais de Globo, Record e SBT. Mas foi o ‘Brasil Urgente’ que mais se dedicou à notícia, que deu como ‘Desespero! Delegado é morto durante entrevista ao vivo’. O apresentador José Luiz Datena falou em transmitir seu programa da Bahia, hoje, ‘para mostrar que não temos medo do crime organizado’.’



 


 


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O Estado de S. Paulo


(www.estadao.com.br)


Quinta-feira, 27 de maio de 2010


 


INTERNET


Rodrigo Burgarelli


Moda na Câmara, Twitter vira meio de cobrar vereador


‘SÃO PAULO – O Twitter pegou na Câmara Municipal: 39 dos 55 vereadores paulistanos já estão entre os 100 milhões de usuários da rede social – um crescimento de quase quatro vezes em comparação a maio de 2009. Nos últimos meses, a interação entre vereadores e cidadãos pelo Twitter cresceu em qualidade e quantidade.


Para tentar mensurar o desempenho dos parlamentares paulistanos no microblog, o Estado elaborou três rankings com auxílio de ferramentas online que medem as estatísticas e a popularidade de usuários do Twitter. Foi possível medir o vereador mais influente, o que mais fala e o que mais responde às mensagens dos munícipes.


O líder das três listas é o mesmo: o vereador, escritor e apresentador Gabriel Chalita (PSB). Famoso por suas mensagens poéticas e recados de autoajuda no microblog, o parlamentar paulistano mais bem votado nas eleições de 2008 tem 44.605 seguidores e envia em média 972 mensagens por mês (ou 33 por dia), sendo 84% respostas a cidadãos. Para efeito de comparação, o segundo colocado, Gilberto Natalini (PSDB), responde 48% do que envia.


Divulgação


Chalita conta seu segredo. ‘Tento responder o máximo que der, pelo menos umas 30 mensagens por dia.’ Segundo ele, o Twitter contribui bastante para sua atuação parlamentar e deve auxiliar na hora de pedir votos este ano. ‘É comunicação rápida. As pessoas têm de ser objetivas para perguntar e você tem de ser objetivo para responder.’


O vereador Netinho de Paula (PC do B) – que também será candidato nas próximas eleições – tem o segundo lugar no ranking da popularidade no Twitter, com 4.888 seguidores. Netinho comenta bastante sobre suas atividades políticas e atuação parlamentar – 44,4% das mensagens são respostas a eleitores ou fãs.


Em seguida, vêm a vereadora Mara Gabrilli (PSDB) – que twitta notícias e informações voltadas a deficientes -, o presidente da Câmara Antônio Carlos Rodrigues (PR) – que fala pouco com eleitores (21% das mensagens) e gosta de comentar sobre sua presidência e futebol – e o líder tucano Carlos Bezerra Júnior – que responde 42,8% das mensagens, cita a Bíblia, comenta seus projetos de lei e fala sobre sua família.


Frutos


O uso do microblog pelos vereadores já rendeu até frutos concretos na Câmara. Gabriel Chalita (PSB) conta que comentou no Twitter algo sobre crianças desaparecidas. Uma eleitora respondeu: ‘Porque você não faz um projeto de lei obrigando as escolas a manter um banco de fotografias de cada criança? Isso ajudaria a encontrá-las.’ Chalita nunca havia pensado nisso. Como achou a ideia interessante, apresentou o projeto, que, inclusive, já foi aprovado em primeira discussão.


O vereador Floriano Pesaro (PSDB) trocou as conversas mensais que realizava num bate-papo em seu site por debates pela rede social. ‘Anteriormente, participavam cerca de cem pessoas em cada bate-papo. No último que fiz pelo Twitter, contamos mais de 700 pessoas.’


Apesar disso, há ainda uma forte ala ‘anti-Twitter’ na Câmara. ‘Não tenho nem vou criar. Eu só vejo se enaltecer o Twitter quando o sujeito comete um deslize, e nunca por um fato important. Você quebra sua privacidade e não apresenta nada de útil’, diz Marco Aurélio Cunha (DEM).’




 


CINEMA


Luiz Zanin Oricchio


Em cena, a nouvelle vague de Godard e Truffaut


‘Essa onda não para de bater na praia. Mais de 50 anos depois de estourar, a nouvelle vague, que revolucionou o cinema francês com filmes como Os Incompreendidos, Jules e Jim, Acossado, Nas Garras do Vício, A Chinesa e outros, ainda é notícia no panorama do cinema mundial. Antes mesmo de ser lançado em Paris, estreia amanhã em São Paulo o documentário Godard, Truffaut e a Nouvelle Vague, sobre o conturbado relacionamento de suas duas figuras principais, Jean-Luc Godard e François Truffaut. Sai na França uma nova biografia de Godard, obra polêmica e já devidamente desautorizada pelo próprio biografado. E a Imovision promete, para julho, um DVD de preciosidades, com os primeiros curtas-metragens dos jovens rebeldes do cinema francês.


Quando se fala em nouvelle vague, fala-se, claro, em Claude Chabrol, Eric Rohmer e Jacques Rivette. Mas os mais famosos são mesmo Jean-Luc Godard e François Truffaut. Eles foram amigos de unha e carne, companheiros de estrada, irmãos de sangue unidos nessa seita de fanáticos do século 20 chamada cinefilia. Um era de origem proletária, o outro vinha da alta burguesia suíça e se reuniram em torno da figura carismática de André Bazin, fundador da mitológica revista Cahiers du Cinéma.


Truffaut e Godard tornaram-se críticos de cinema, escreveram nos Cahiers e se ajudaram mutuamente quando passaram a dirigir seus próprios filmes. Lutaram as mesmas lutas durante alguns anos. Organizaram passeatas para reintegrar à Cinemateca Francesa seu diretor, Henri Langlois, demitido pelo ministro da Cultura André Malraux em 1968. Paralisaram o Festival de Cannes no furor do maio de 68 francês. Depois brigaram, trocaram cartas insultuosas, se afastaram e viraram inimigos figadais. Tornaram-se os irmãos Karamazov do cinema francês. Eles são os personagens principais do documentário, que tem roteiro de Antoine de Baecque e direção de Emmanuel Laurent. Baecque não veio, mas Laurent está em São Paulo para o lançamento do filme. Conversou com o Estado durante o lançamento do filme no Cine Reserva Cultural.


Truffaut morreu cedo, em 1984, com apenas 52 anos, vítima de um tumor cerebral. Deixou obras como Os Incompreendidos, Jules e Jim, Beijos Proibidos, filmes de coração de qualquer cinéfilo que se preze. Godard vai fazer 80 em novembro e acaba de lançar seu Film Socialisme no Festival de Cannes. Mais uma provocação na carreira desse demolidor, que assina filmes como Acossado, A Chinesa e Je Vous Salue Marie, proibido pelo Brasil da Nova República, logo depois que se proclamara extinta a censura no País.


Preciosidade. A mesma distribuidora Imovision, que lança agora o documentário sobre Godard e Truffaut, em julho põe no mercado essa preciosidade que é o DVD com os curtas-metragens em que os então jovens críticos começavam a experimentar seus músculos como cineastas. Fazendo parte da coleção Primeiros Filmes, lá estão nomes famosos como Alain Resnais, Jacques Rivette, Patrice Leconte, Jacques Doniol-Valcroze e Jean-Pierre Melville. E, claro, a dupla então tida como inseparável Jean-Luc Godard e François Truffaut. Eles assinam juntos Une Histoire d’Eau, filme que testemunha essa bela amizade, em que um escrevia um roteiro para o outro e podiam assinar juntos um singelo curta-metragem. Eram os bons tempos.


No início, conta Emmanuel Laurent, sua ideia era fazer um filme sobre a nouvelle vague. Encontrou a parceria ideal em Antoine de Baecque, que já havia escrito a biografia de Truffaut e, na ocasião, trabalhava na de Godard. Quer dizer, era um expert da nouvelle vague. ‘Além disso, Baecque é crítico de cinema e historiador profissional, com obras sobre o século 18 francês. Sabe pesquisar um arquivo e dele extrair informações. Foi um parceiro ideal, sem o qual o filme não existiria’, diz.


Mas, além disso, houve o problema do recorte a ser dado às informações. Na montagem, Laurent percebeu que tinha um material imenso, mas muito dispersivo, ‘sem coluna vertebral’. Do primeiro propósito, que era fazer um filme mais amplo, sobre a nouvelle vague, preferiu se concentrar na amizade entre Godard e Truffaut. ‘Já havia filmes sobre a nouvelle vague, alguns muito bons; preferi então tratar dessa amizade problemática, coisa que ninguém ainda havia feito. Desse forma encontrei um eixo para o filme.’


O documentário assinala alguns paralelismos entre as obras dos dois cineastas, que dialogavam entre si. ‘Truffaut faz Jules e Jim e Godard, Uma Mulher É Uma Mulher, ambos sobre triângulos amorosos. Truffaut faz Um Só Pecado e Godard, Uma Mulher Casada, sobre o adultério.’ Havia mais: Jean-Pierre Léaud, alter ego de Truffaut desde Os Incompreendidos, passou a trabalhar também com Godard a partir de A Chinesa, em 1967. ‘Léaud sofreu muito com a ruptura dos dois. Até hoje é uma pessoa atormentada e psicologicamente frágil’, diz Laurent.


Para entender


Nos anos 1950, um grupo de jovens críticos reuniu-se em torno dos Cahiers du Cinéma, revista fundada em 1951 por André Bazin. Seus nomes: François Truffaut, Jean-Luc Godard, Erich Rohmer, Claude Chabrol e Jacques Rivette. Romperam com o cinema francês, que, com exceções (como Jean Renoir) detestavam. Substituíram antigas referências por novas, como Howard Hawks, Orson Welles, Nicholas Ray e Alfred Hitchcock. Usaram a crítica como ponto de partida para se tornarem cineastas. Alguns deles estrearam com filmes notáveis, como Chabrol com Nas Garras do Vício, Truffaut com Os Incompreendidos e Godard com esse divisor de águas que é Acossado. Com seu filme de estreia, Truffaut provocou comoção no Festival de Cannes de 1959, trazendo fama ao grupo e tornando conhecida a ‘nova onda’, a nouvelle vague.’




 


TELEVISÃO


Lee DeWyze é o vencedor da nona edição do ‘American Idol’


‘Após duas horas de transmissão ao vivo pela primeira vez no Brasil, pelo canal Sony, a nona edição do ‘American Idol’ conheceu seu vencedor: Lee DeWyze, o ‘queridinho’ do jurado Simon Cowel, que encerra nesta temporada sua participação no júri do reality show. A nova estrela pop americana disputou o título com a colega ‘riponga’ Crystal Bowersox.


Uma hora antes de exibir a final do ‘American Idol’, às 21h, a Sony mostrou a semifinal (legendada) do programa, que foi ao ar nesta terça-feira, 25, nos Estados Unidos (pela Fox) e teve 19,6 milhões de espectadores, contra 13,5 milhões de fãs que acompanharam o último capítulo de Lost no domingo, pela ABC. Os dois ‘finales’, aliás, impressionaram pelo excesso de intervalos comerciais. A média de breaks nesta quarta foi de um a cada 4 minutos.


Além de participações especiais de Christina Aguilera, Janet Jackson, da ex-jurada Paula Abdul e dos vencedores de todas as temporadas anteriores – como Kelly Clarkson (1ª) e Carrie Underwood (4ª) -, a final teve duetos de peso. Lee cantou com Chicago e Crystal, ‘You Oughta Know’, com Alanis Morissette. E os dois, juntos, subiram ao palco com o veterano Joe Cocker.


Na semifinal, Lee interpetou ‘The Boxer’, de Simon & Garfunkel, em apresentação considerada fraca e sem energia. Depois arriscou ‘Everybody Hurts’, do REM, e ‘Beautiful Day’, do U2. Crystal cantou ‘Black Velvet’, de Alannah Myles, e ‘Up to the Moutain’, de Patty Grifith e Kelly Clarkson, vencedora da primeira edição do programa, em 2002.


Para substituir o jurado Simon Cowell, considerado por muitos o responsável por alavancar a audiência e fazer a diferença com seu estilo duro, Madonna foi convidada formalmente, mas ainda não respondeu. Continuam no júri do programa a comediante e apresentadora Ellen DeGeneres, o cantor e produtor Randy Jackson e a cantora e produtora Kara DioGuardi.’



 


TRANSPARÊNCIA


Carol Pires


Portal terá informações diárias sobre execução de receitas e despesas oficiais


‘A partir desta quinta-feira, 27, será possível consultar no Portal da Transparência (www.portaldatransparencia.gov.br) informações atualizadas diariamente sobre a execução das receitas e despesas dos governos federal, estaduais e municipais.


O Portal da Transparência foi criado em 2004, mas, desde então, as informações eram atualizadas mensalmente. A Controladoria-Geral da União (CGU) afirma que cerca de 200 mil novos documentos serão atualizados no site a cada dia, com a nova regra.


A nova ferramenta foi desenvolvida pela CGU com o objetivo de cumprir o que determina a lei complementar 131, aprovada em 27 de maio de 2009. A lei obriga os entes federados a detalhar para a população informações sobre a execução orçamentária em tempo real. A regra vale a partir de hoje para cidades com mais de 100 mil habitantes. Os demais municípios terão até 2013 para se adequar à regra.


O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, afirma que a nova ferramenta do Portal da Transparência significa ‘um passo da maior importância na sua consolidação como uma das grandes democracias do mundo, saindo na frente da maioria dos demais países e abrindo a todos os cidadãos o acesso diário às informações sobre as receitas arrecadadas e as despesas realizadas pelos órgãos públicos’. Este avanço, na avaliação do ministro, ‘é irreversível’.’



 


CENSURA


‘Estado’ completa 300 dias sob censura prévia


‘Há exatos 300 dias, o desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, colocou o ‘Estado’ sob censura, a pedido do empresário Fernando Sarney. O jornal foi proibido de publicar informações sobre investigações da Polícia Federal que atingiam o filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).


O desembargador concedeu a liminar em 30 de julho de 2009, apenas dois dias depois de o empresário ter recorrido da sentença do juiz Daniel Felipe Machado, da 12.ª Vara Cível da Circunscrição Especial Judiciária de Brasília, que havia indeferido um pedido para impedir a divulgação de notícias sobre as investigações da PF.


Além de proibir a publicação sobre a operação que a Polícia Federal batizou como Boi Barrica, Dácio Vieira impôs a aplicação de multa de R$ 150 mil para cada vez que o jornal publicasse uma informação sobre o caso.


No dia 5 de agosto, o advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira, representando o Estado, requereu ao desembargador que se declarasse suspeito para tomar decisões no processo, por causa de suas ligações de amizade com Fernando Sarney e sua família. Dácio Vieira repeliu a suspeição e reclamou do jornal por publicar uma foto na qual ele aparecia com José Sarney na festa de casamento da filha de Agaciel Maia, ex-diretor-geral do Senado.


Em setembro, o Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal acolheu o pedido do Estado para afastar o desembargador do caso, mas a censura foi mantida. O TJ-DF determinou então que o processo fosse transferido para a Justiça Federal do Maranhão.


O próximo passo foi recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a censura. No dia 10 de dezembro, sem julgar o mérito da matéria, o STF manteve a proibição. Uma semana depois, os advogados de Fernando Sarney comunicaram à Justiça que ele estava desistindo da ação. O jornal rejeitou, porém, o arquivamento do caso, preferindo aguardar o julgamento do mérito.


Em abril, o TJ-DF acolheu pedido para que os recursos contra a censura e a transferência do processo para o Maranhão fossem encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça e também ao STF.’




 


TECNOLOGIA


Tatiana de Mello Dias


Apple supera Microsoft em valor de mercado


‘A Apple superou pela primeira vez nesta quarta-feira a Microsoft como a maior empresa de tecnologia em valor de mercado – e a segunda no ranking geral, superada apenas pela Exxon Mobil.


A Apple subiu 1% na Nasdaq, atingindo um valor de US$ 225,1 bilhões contra US$ 222,7 bilhões da Microsoft, segundo dados da Reuters. As da Microsoft caíram 2,2% – mas o índice foi momentâneo e mudou a todo momento. Com a subida, a Apple atingiu o posto de segunda maior empresa em valor de mercado no mundo, segundo o ranking S&P 500.


Embora tenham caído durante os meses em que Steve Jobs ficou afastado, hoje as ações da Apple já são dez vezes mais valiosas do que eram há dez anos atrás. Já a Microsoft, responsável pelos sistemas operacionais que rodam em mais de 90% dos computadores do mundo, viu suas ações caírem 18% nos últimos 10 anos.’



 


‘Sou um otimista’


‘O presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, parecia despreocupado um dia depois que a Apple superou sua empresa e se tornou a maior companhia de tecnologia do mundo em valor de mercado. O executivo afirmou que seu objetivo é desenvolver uma boa linha de produtos e melhorar o desempenho da companhia.


‘Meu foco é o cotidiano, aquilo que deveríamos estar fazendo com nossa linha de produtos, para onde nos encaminharemos agora, como criar produtos mais inovadores’, disse Ballmer, durante visita à capital indiana, nesta quinta-feira, 27.


‘É um jogo longo, temos bons competidores. Nós também somos muito bons competidores’, disse Ballmer. ‘Estamos nos saindo bem e isso conduzirá a grandes produtos e grande sucesso.’


A Microsoft está apostando em uma versão atualizada do Office, lançada este mês, e um sistema operacional novo para celulares chamado Windows Phone 7, que deve chegar ao mercado junto com uma série de novos celulares no fim do ano.


‘Sou um otimista’, afirmou Ballmer.


As ações da Apple subiram até 2,8% na Nasdaq na quarta-feira, em meio a uma queda das ações da Microsoft, o que levou o valor de mercado da Apple a superar por breve período os US$ 229 bilhões, ultrapassando a rival.


A Microsoft, cujo sistema operacional aciona mais de 90% dos computadores pessoais em uso no mundo, não vem conseguindo registrar níveis de crescimento semelhantes aos de seu pico nos anos de 1990. As ações da empresa estão 20% abaixo da cotação que tinham 20 anos atrás.


A Apple, que por muitos anos enfrentou dificuldades para ter sucesso com seus produtos no mercado mais amplo, recorreu a um investimento de US$ 150 milhões da Microsoft, em 1997, quando esta era uma companhia muito maior, para conseguir se manter em operação. Naquele momento, o valor de mercado da Microsoft era mais de cinco vezes superior ao da Apple.


O presidente-executivo da Microsoft afirmou que a empresa terá que acelerar os planos nas áreas de entretenimento e aparelhos de consumo.


A maior produtora mundial de software perdeu importância no mercado de celulares inteligentes, que cresce rapidamente, diante do avanço do Apple iPhone e do sistema operacional Android, do Google.


O Android ultrapassou o Windows Mobile, da Microsoft, como quarto mais popular sistema operacional para celulares inteligentes do mercado mundial, no primeiro trimestre, de acordo com o grupo de pesquisa Gartner, atrás da Apple, RIM e do sistema Symbian, da Nokia.’



 


 


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