O Estado de S. Paulo, 28/3 Patrícia Villalba Sensacionalista e isento de verdade Há notícia que a gente vê e se pergunta se o repórter está falando sério. Em geral, são mesmo fatos verídicos que, apimentados pela dose de absurdo do dia-a-dia, ganham sabores de ficção. Não é o caso das matérias que serão apresentadas no humorístico Sensacionalista, um telejornal absurdo que migrou de um site de humor da internet para o Multishow e estreia dia 11 de abril, às 22h. ‘A filosofia do Sensacionalista é que pareça um telejornal de verdade, só que as notícias são totalmente loucas’, explica o jornalista Nelito Fernandes, que escreve o programa e o site com os também jornalistas Martha Mendonça e Marcelo Zorzanelli, além do roteirista Leonardo Lanna. Ele conta que a ideia de levar o espírito do site à televisão surgiu, é claro, do sucesso do sensacionalista.com.br, que chega a receber 20 mil visitas por dia. ‘A internet tem funcionado como um teste drive para o surgimento de talentos’, observa o jornalista, lembrando que o perfil do grupo no Twitter tem quase 65 mil seguidores. ‘A transição de mídia pediu uma produção maior. No site eram só textos, mas, na televisão, as notícias que estamos apresentando precisam ter repórter in loco. Mas a matéria-prima do site estará no programa, sem dúvida.’ Nelito fala de manchetes como ‘Lei estabelece rodízios de modelos em praias cariocas’ ou ‘Boneca ‘Barbie gravidinha de jogador de futebol’ chega ao mercado com carro e casa de brinde’, que serão ditas, na maior cara-de-pau, por atores – os ‘apresentadores’ Márcio Machado e Betina Kopp, os repórteres Cristiane Pinto, Thaís Lopes e Anderson Freitas, além do ‘correspondente em Nova York’ Leonardo Luzes. ‘É um stand up em forma de notícia’, define Nelito. Com 13 episódios e dirigido por Adriana Camara e Pedro Hora, o programa deve amenizar a imagem de mal-humorados que os jornalistas carregam, acredita o jornalista-humorista. ‘As redações são ambientes de bom humor, mas é que na maioria das vezes os jornalistas não podem repassar isso para as matérias, porque não cabe’, pondera ele. ‘Mas o jornalista tem duas coisas que são a matéria-prima do humor: a capacidade de observação e o olhar crítico’. Info Money, 28/03 Jéssica Consulim Roccella TV paga está em 17% das residências brasileiras, aponta balanço da Anatel O número de assinantes de TV por assinatura cresceu 2,54% em fevereiro, na comparação com janeiro deste ano. De acordo com balanço da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgado nesta segunda-feira (28), com 251.732 novas adesões ao serviço no mês passado, o Brasil fechou o bimestre com 10.176.732 domicílios com TV paga, o equivalente a 17% das residências do País. Considerando a média de pessoas por domicílio calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 3,3 brasileiros, a agência afirma que a TV paga já é vista por mais de 33,6 milhões de pessoas. Por região e estado Na análise por região, o Sudeste é o destaque em número de assinantes, somando até fevereiro 6,637 milhões. Em seguida, aparece o Sul, com 1,527 milhão, e o Nordeste, com 1,034 milhão. Já o Centro-Oeste e o Norte registraram mais de 611 mil e 364 mil assinaturas em fevereiro, respectivamente. Considerando o crescimento do número de assinantes entre fevereiro de 2010 e o mesmo mês deste ano, o destaque é o Norte, onde houve alta de 55,1% no período. O Nordeste aparece na sequência, com alta de 54,6%, enquanto no Centro-Oeste a expansão foi de 33,5%. O Sudeste e o Sul registram incremento de 28,9% e 25,9% cada um. Na análise por estado, o Piauí apresentou o maior crescimento no número de assinantes do País, de 78,46%, na comparação com fevereiro do ano passado. O estado que registrou o segundo maior crescimento do País foi a Bahia, de 76,67%. No terceiro lugar do ranking, está o Maranhão, com aumento de 73,32%. Tecnologia De acordo com o balanço, considerando as tecnologias, em fevereiro, os serviços prestados via satélite cresceram 4,3%, ante uma evolução de 3,1% no mês anterior. Já o número de assinaturas de TV a cabo registrou aumento de 1,1% no mês passado. A tecnologia MMDS (micro-ondas), por sua vez, registrou queda de 0,7% no mesmo período.