O Conselho de Informações da China anunciou a criação de uma nova agência central para regular ainda mais a internet, em uma atitude que parece complementar uma censura contínua a dissidentes políticos e qualquer um que ouse criticar as autoridades do país. Não ficou claro se a nova agência irá, de fato, substituir alguns Ministérios e órgãos governamentais que já reivindicaram jurisdição de partes do ciberespaço.
O Conselho de Informações afirmou que transferirá sua própria equipe de reguladores de internet à nova agência, que operará sob sua jurisdição. Entre outras tarefas, a agência deverá gerir conteúdo online, supervisionar publicações, vídeos e jogos online, promover os grandes sites de notícias e monitorar a propaganda governamental na rede. A agência também terá poder para investigar e punir violadores de regras de conteúdo online e irá administrar grandes empresas de telecomunicações que fornecem acesso a usuários de internet.
O acelerado crescimento da internet no país – hoje a China tem o maior número de internautas do mundo – gerou uma corrida entre agências do governo para ter a oportunidade de ganhar mais poder, dinheiro ou ambos. Pelo menos 14 órgãos têm alguma influência na internet e diversos outros têm interesses em iniciativas relacionadas à web, como a venda de softwares de censura que podem ser fontes lucrativas. Informações de Michael Wines [New York Times, 4/5/11].