O jornalista e dissidente político cubano Guillermo Fariñas, que passou 11 anos e meio na prisão e já fez mais de 20 greves de fome em protesto à falta de liberdade de expressão na ilha comunista, recebeu, na semana passada, o prêmio de direitos humanos Sakharov, do Parlamento Europeu. Fariñas criou a agência de notícias independente Cubanacán Press, que agora está fechada. Em julho deste ano, o jornalista pôs fim a uma greve de fome que durava quatro meses para pedir pela libertação de ativistas da oposição. Médicos chegaram a afirmar que ele beirou a morte em sua batalha contra a censura.
Exemplo
Membros do Parlamento Europeu que o nomearam ao prêmio afirmam que sua luta ‘foi e ainda é um exemplo para todos os defensores da liberdade e da democracia’. ‘Guillermo Fariñas estava pronto para se sacrificar e arriscar sua vida e saúde como maneira de pressão à mudança em Cuba’, afirmou o presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek. ‘Espero que possa entregar o prêmio pessoalmente, aqui em Strasbourg, em dezembro. Seria um momento extraordinário para o Parlamento Europeu e para todos os prisioneiros de consciência cubanos’.
O prêmio, que leva o nome do cientista russo Andrei Sakharov, inclui um cheque no valor de 50 mil euros. Em 2006, o jornalista cubano recebeu o prêmio de ciberliberdade da organização Repórteres Sem Fronteiras. Informações de Rachel McAthy [Journalism.co.uk, 21/10/10].