Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Digital não substitui o impresso, revela estudo da Gartner

Mais de 50% dos proprietários de tablets acreditam ser mais fácil ler na tela do que no papel, enquanto 42% não têm preferência. Já a maior parte (47%) de usuários de celulares prefere ler no papel, enquanto para 33%, a experiência de leitura é a mesma do que em papel. Estas e outras conclusões foram reveladas em um estudo da Gartner, sobre o comportamento de leitores em seis países. ‘Há uma preocupação de que os meios digitais canibalizem os impressos, com base no seu crescimento e na queda das versões no papel, mas a evidência da nossa pesquisa é que os consumidores não veem o digital como substituto do impresso’, explicou Nick Ingelbrecht, diretor de investigação da Gartner. ‘Está ocorrendo algo mais complicado do que a simples substituição de uma tecnologia por outra. Vender o mesmo conteúdo básico ao mesmo consumidor, em formatos diferentes, corre o risco de alienar o leitor, que não pagará duas vezes pelo mesmo texto’, alertou.


Os resultados do estudo confirmam que a distribuição multicanal de conteúdos é essencial para conseguir audiências que estão consumindo quase de forma igualitária textos em telas e no papel. Os veículos devem apostar na sinergia de produtos multicanal, mas não na venda separada do mesmo produto em distintos formatos.


Segundo a Gartner, os consumidores com menos de 40 anos preferem a tela e, os maiores, o impresso. Os homens são mais propensos a preferir a tela do que as mulheres, embora haja um consenso, entre os dois sexos, que cansa mais ler na tela do que no papel. Cada tipo de leitura tem seu canal preferido. Não há problema para ler na tela de um celular uma mensagem ou mapas, mas, para textos grandes, a preferência ainda é do papel. A Gartner adverte, ainda, que para continuar ganhando adeptos, os aparatos digitais devem melhorar a ergonomia, peso, design, resolução da tela, resistência a quedas e líquidos, para uma leitura ao ar livre e em situações de ócio, quando se lê mais. Informações do El País [10/5/11].