Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Rei das entrevistas se despede de seus súditos

O veterano apresentador de TV Larry King encerra seu programa na CNN nesta quinta-feira [16/12]. King, 77 anos, comanda o Larry King Live desde 1985. A lista de convidados entrevistados no programa ao longo das duas últimas décadas é enorme – e estrelada. O apresentador, que tem nos suspensórios sua marca registrada, entrevistou todos os presidentes americanos de seu tempo, além de diversos líderes estrangeiros, como Nelson Mandela, Mikhail Gorbachev e Margaret Thatcher. Também já passaram por suas perguntas celebridades das artes e esportes como Madonna e Pelé.

No lugar de King, entra o jornalista britânico Piers Morgan, mais conhecido por sua participação como jurado nos shows de calouros Britain’s Got Talent e America’s Got Talent. O programa de Morgan deve estrear em janeiro, e ele já começa a provocar controvérsia: afirmou recentemente que não pretende convidar Madonna para seu show, já que ela seria ‘muito chata’. Ele comentou que preferia entrevistar gente como o presidente Barack Obama, a atriz Lindsay Lohan e pessoas ‘relevantes atualmente’.

Polêmicas

Em sua carreira jornalística, Morgan também causou controvérsia. Em 2004, ele foi demitido do jornal inglês Daily Mirror, do qual era editor, após a publicação de fotos falsas de soldados britânicos torturando prisioneiros iraquianos. O jornalista acabou entrando na justiça contra o jornal, alegando que sua demissão havia sido injusta, já que não havia provas de que ele sabia que as imagens eram falsas. No fim, Morgan foi indenizado em US$ 3 milhões.

Além do Mirror, Morgan trabalhou nos tablóides sensacionalistas The Sun e News of The World. E esteve envolvido em diversos escândalos. Foi ele o responsável pela publicação de fotos da ex-modelo Naomi Campbell em uma clínica de reabilitação para viciados em drogas. Também era ele o chefe do repórter Ryan Perry, que conseguiu entrar disfarçado no Palácio de Buckingham. A mulher do então primeiro-ministro Tony Blair, Cherie Blair, chegou a afirmar que Morgan não tinha ‘bússola moral’.