Thursday, 19 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Tempo de eleição… tempo de bizarrices

De tempos em tempos, eu sumo e reapareço. Escrevo aqui, acolá… e vocês só me veem com uma certa frequência no Tabuleiro. Até porque eu havia me prometido parar de falar em política e tal e coisa… desde a época em que deixei o Grupo de Pesquisa da Facom/ UFBa em Mídia e Eleições que tento, mas política parece uma praga…

E foi justamente postando uns vídeos enviados pelo CCSP – Clube de Criação de São Paulo, no Tabuleiro, que me veio a ideia de escrever aqui coisas bizarras. Tudo bem! Coisas bizarras a gente vê todos os dias no noticiário da TV: é o filho que vendeu a mãe, que matou o pai, a menina que se droga, o cara que vende a droga e o homem que mordeu o cachorro. Vez ou outra, umas histórias de mala, dinheiro, cueca…. Bizarrices a gente também vê no horário eleitoral gratuito na TV. Será que a TV está ficando cada vez mais bizarra ou é a política que não está sendo levada a sério nem pelos ‘políticos’?

Olha que nem parei ainda para ver o Programa Eleitoral. Mas, depois de assistir o Tiririca falando que ele não sabe o que um deputado federal faz, mas que depois de eleito ele descobre e conta o que é ou um outro candidato que grava um VT direto do quarto de um motel, com direito a música ambiente… Fiquei curioso para saber o que mais temos por aí.

O velho outubro parece não chegar nunca

Isso tudo me fez lembrar a estória do diabo, do inferno e das eleições. Lembram? O senador morre e vai para o inferno. Chegando lá, tá a maior festa, pro seco, uísque… todo mundo dançando, sorrindo, com roupas caras…. Depois, ele vai pro céu… e tudo na paz de Deus, todo mundo de branco, aquele ar puro, muito azul, muita luz…. Então, ele decide que vai é voltar para o inferno porque lá é mais alegre. Quando ele volta, o fogo esquenta, todo mundo sujo e maltrapilho, roupas rasgadas, muitos rastejam… Então, o senador vira pro diabo e diz: ‘Mas ontem…’ e o diabo responde: ‘Já esqueceu como é, foi? Ontem nós estávamos em eleição. Hoje, já temos o seu voto.’

Então, amigo cidadão comum. Cuidado com a forma como certos políticos nos apresentam o inferno. Depois de eleitos, a realidade é o que nos sorri. E aí, só depois de quatro anos para vermos novamente ministro se fazendo de amigo do presidente para se eleger governador ainda que o partido do presidente tenha um candidato próprio ao governo. O prefeito X não aparecer nas eleições para governo do estado para não prejudicar o candidato de seu partido… Ou até mesmo a realização de inúmeras e repentinas obras nos meses que antecedem o velho outubro que parece não chegar nunca, para a novela voltar a passar no horário. Lá pelo menos, essas estórias me parecem mais divertidas.

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Publicitário e profissional de marketing