Tenho acompanhado diariamente a cobertura das eleições do jornal Folha de S.Paulo e venho declarar minha opinião a respeito: triste, lamentável e boçal.
Uma coisa é apoiar um candidato – o Presidente 40 [‘Presidente 40’ é slogan usado pelo jornal no caderno especial Eleições 2010, impresso diariamente. Em nota, diz ser referência ao presidente de número 40 do Brasil] da Folha – e outra coisa é o que a Folha vem fazendo com o que conhecemos hoje por jornalismo: ferir a ética e o bom senso. É mergulhar na esculhambação e dar um soco nos leitores mais perspectivos. Colunistas com dores dos amigos indo mal em pesquisas, reportagens montadas de forma grosseira, declarações omitidas, entrevistas pagas, arquivos ressuscitados, visão monocrítica, manipularismo e outras monstruosas características assombram o jornal.
Alinho também que, infelizmente, a prática deste tipo de jornalismo não é exclusiva do Grupo Folha. Rege a cartilha, já algum tempo, de um jornalismo preguiçoso, reprodutor de texto e de memória curta. Onde interesses maiores (leia-se: a mando de) quase sempre arredondam o ponto final de uma reportagem.
******
Tecnólogo em informática, Lorena, SP