Apesar de já ter admitido que o governo poderá subsidiar o acesso a banda larga para as pessoas que não puderem pagar R$ 35 mensais por um plano de 1 megabits por segundo (Mbps), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira (21/7) que não existe uma meta para levar internet gratuita a essa população.
“Algumas cidades têm projetos, mas o governo federal não tem nenhuma meta para levar internet de graça a todos os lugares. Nem a água é assim”, afirmou Bernardo, durante o programa de rádio Bom Dia Ministro, na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Segundo ele, o preço inicial de R$ 35 foi colocado no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) com base em uma pesquisa de mercado que mostrou que 70% das pessoas que ainda não têm acesso a internet estariam dispostas a pagar este valor por uma conexão de 1 Mbps. “Em março deste ano, esses planos custavam em média R$ 70, mas o acordo com as operadoras de telefonia vai reduzir o valor pela metade. Isso em termos internacionais é positivo”, acrescentou.
Para o ministro, com o aumento da oferta de banda larga e da concorrência entre os provedores de acesso, além da ampliação da infraestrutura, a tendência é de um barateamento dos planos ao longo do tempo. “Em 2014 vamos ter um quadro de internet completamente diferente no Brasil, e as pessoas também vão querer uma velocidade maior”, completou.
Bernardo lembrou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) trabalha em dois regulamentos que definirão os parâmetros e requisitos mínimos de qualidade para prestação dos serviços, que devem ser aprovados até outubro deste ano. “Se empresas não cumprirem as normas, serão multadas e a Anatel pode até determinar que as companhias parem de vender”, concluiu.