Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Ex-funcionários do News of the World recebem ofertas de trabalho

A promessa de Rebekah Brooks, ex-executiva-chefe da News International, de que o maior número possível de funcionários do News of the World seria realocado tem se mostrado infundada. Há vagas no grupo de mídia do magnata Rupert Murdoch para os empregados que ficaram “órfãos” com o fechamento do tabloide, mas a grande maioria delas é para cargos não-editoriais, incompatíveis com o estilo de jornalismo do News of the World, ou no exterior, em países como Rússia e Dubai. “A ideia de que alguém iria para o News of the World para se tornar um repórter especialista em petróleo para a Dow Jones é hilária”, disse um ex-funcionário.

Oportunidades

Uma lista com vagas em aberto foi enviada à ex-equipe do jornal. A maior parte delas é na Dow Jones, agência especializada em informações financeiras, ou em setores como administração, tecnologia e departamento comercial na editora HarperCollins e na Fox, nos EUA. Dos 283 funcionários que ficaram desempregados com o fim do News of the World, 150 eram jornalistas. Apenas seis cargos na lista podem ser comparados diretamente ao que os jornalistas faziam no tabloide – três deles no Sun e outros três na revista Fabulous, que era publicada no News of the World e agora está encartada com a edição de sábado do Sun.

Uma porta-voz da News International afirmou que os cargos são apenas uma lista de oportunidades globais disponíveis no grupo e não representam o fim do problema. “Estão sendo realizadas reuniões individuais com todos como parte de uma consulta de 90 dias e estamos explorando cada oportunidade para encontrar vagas para todos os afetados pelo fechamento do News of the World”, declarou.

Um funcionário desabafou. “Eles não têm vagas para todos. E, mesmo se tivessem, não podem colocar todos no Sun [o outro tabloide britânico do grupo]. É uma redação muito competitiva e criaria todos os tipos de ressentimento e conflito se rapidamente a equipe do News of the World tivese um tratamento preferencial”, disse. Informações de Lisa O’Carroll [The Guardian, 28/7/11].