Hoje, os mecanismos de busca caracterizam-se como aliados importantes para pesquisar informações sobre um determinado assunto, seja ele público ou privado. Essas entidades permitem o acesso a uma infinidade de dados. Com apenas um toque é possível encontrar um vasto número de informações. Entre os sites de busca, o Google reina na preferência do público. Desde o seu surgimento, originado de um projeto acadêmico de Larry Page e Sergey Brin em 1998, o Google tornou-se um fenômeno virtual e mudou a forma de ver o mundo por meio da web. Segundo a revista Exame, o Google tem “mais de 1 bilhão de usuários”. Portanto, é possível considerar que o Google funciona como uma espécie de detetive virtual ou nosso procurador oficial de informações no extenso universo da internet.
O Google reúne informações publicadas em revistas, sites, blogs, jornais, mídias sociais, emissoras de TV etc. Embora encontre conteúdo sério gerado por instituições oficias e pessoas idôneas, também existem dados falsos, sem nenhum controle, que podem criar uma identidade e imagem negativa de indivíduos ou empresas. Para o jornalista Thomas L Friedman, “a internet é um instrumento altamente útil para a disseminação de propaganda, teorias de conspiração e velhas inverdades, porque combina um imenso alcance com uma aura de tecnologia que torna mais fácil acreditar em qualquer coisa” (2007:504).
A reputação individual ou de uma empresa pode, em parte, ser definida por uma pesquisa em sites como o Google. Se os mecanismos de busca apresentam o que foi publicado em algum lugar, é preciso ter cuidado com as informações divulgadas ou postadas em redes sociais, investigar a imagem na web para não colocar a reputação em risco de empresas e pessoas.
Imagem positiva
Ao mesmo tempo que o Google pode criar uma falsa percepção, de certa forma, hoje, ele é um peso muito grande para empresas e indivíduos carregarem porque dita a forma como empresas e pessoas serão vistas; isso é perigoso. A reputação de empresas e pessoas não pode ficar nas mãos de mecanismos de busca. O Google é uma empresa com interesses comerciais muitos benéficos, mas também é falível. Ele facilita a vida das pessoas porque oferece respostas rápidas. No entanto, não pode ser a única e incontestável fonte de informações para uma pesquisa, matéria séria e consistente. A sociedade do futuro não pode ser reconhecida como a sociedade de informações “googladas”.
Enfim, a “era virtual” passa a ser indispensável para compreender que o conteúdo encontrado pelo Google pode mudar a percepção que os públicos têm da imagem de indivíduos ou empresas. Como imagem muda constantemente de acordo com a percepção que os públicos têm de empresas ou pessoas, eles necessitam ter atenção com o conteúdo que vai para web porque imagem positiva conta de forma decisiva para o sucesso pessoal ou de uma marca.
Fontes
FRIEDMAN, Thomas L. O mundo é plano: uma breve história do século XXI/ Thomas L. Friedman; traduções Cristiana Serra, Sergio Duarte, Bruno Casotti. – Rio de Janeiro: Objetivo, 2007.
Exame.com: Decolagem do Google+ é a mais rápida entre as redes sociais, 8/8/2011.
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[Fabiana Oliva é jornalista e relações públicas, com especialização em comunicação corporativa pela Fundação Getúlio Vagas]