Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

A manipulação dos meios de comunicação

Em quase todas as sociedades há a separação de classes e, consequentemente, a dominação de uma classe em relação à outra. A classe dominante procura usar todos os meios possíveis para continuar essa dominação e para disseminar a sua ideologia. Por isso, a imprensa se tornou um elemento fundamental de dominação. Devido ao grande poder que os meios de comunicação de massa têm, a classe dominante usa e abusa desse espaço para propagar tudo aquilo que ela quer que as classes dominadas acreditem. Assim, a reportagem é modelada de acordo com as opiniões e os interesses de quem a noticiou. Esses abusos são cometidos e depois justificados, pela imprensa, através da liberdade de expressão.

Como exemplo desses abusos e do mau uso do poder dos meios de comunicação, há o caso conhecido nacionalmente da bolinha de papel. Esse caso ocorreu na época das eleições presidenciais em 2010, quando o candidato à presidência José Serra, ao caminhar nas ruas, foi atingido por uma bolinha de papel que, segundo uma parte da imprensa, causou um grande ferimento na cabeça do Serra. Nesse caso, se uma pessoa procurou abordagens diferentes dessa mesma notícia, constatou que aquela parte da imprensa criou uma falsa polêmica envolvendo o caso para usar contra outro candidato à presidência, Dilma Rousseff.

Regulamentação midiática

Por isso, as pessoas devem estar conscientes da manipulação que é feita através dos meios de comunicação e aprender, desde crianças, a ter opinião crítica e duvidar de como a notícia é tratada, buscar outras fontes e outras abordagens de uma mesma reportagem. Assim, deve haver um maior controle por parte do governo em como as reportagens são tratadas, pois os jornalistas devem ser independentes no que se refere a relações com empresas e grupos dominantes e suas ideias, e até mesmo saber equilibrar a sua opinião para que ela não interfira na sua abordagem.

O governo também deve reavaliar algumas leis e regras para evitar mais abusos e criar uma regulamentação midiática, com o cuidado de não ferir a liberdade de expressão, fazendo com que a imprensa seja precisa e estável para que não haja essa grande manipulação do poder dos meios de comunicação de massa pelas classes dominantes.

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[Bruna Lívia Oliveira é estudante, Castanhal, PA]