Menos de dois meses depois de remodelar seu site, a Reuters lançou um agregador de notícias financeiras que – ressalta – não tem a preocupação de lucrar, e prioritariamente de ser útil para os leitores. O Counterparties, criado pelo blogueiro de finanças da Reuters Felix Salmon, pretende ser diferente de sites que fazem de tudo para aumentar a audiência em busca do dinheiro dos anunciantes. A página destaca, diariamente, de 20 a 30 matérias e artigos de opinião sobre os temas financeiros mais interessantes e relevantes do dia, com links diretos para sua fonte original. Não há, desta forma, textos reescritos – apenas um título remodelado e o link para a notícia.
“Esta é uma ideia que todo mundo, em algum momento, já teve”, diz Salmon. “Mas eu fui sortudo o bastante para trabalhar em uma empresa onde este tipo de coisa é possível e onde a primeira pergunta não é ‘como ganhamos dinheiro com isso?’”. Ainda assim, a venda de publicidade – ainda que não seja prioridade em um primeiro momento – não está fora de questão. Chrystia Freeland, editora de mídia digital da Thomson Reuters, diz que há discussões sobre o uso de modelos não-tradicionais de anúncios, “desde que respeitem o ethos do site”. Entre as possibilidades estariam anúncios sem links e anúncios com links para artigos em outros sites.
A missão do site, diz Salmon, é fornecer aos leitores um caminho onde eles podem encontrar as melhores histórias que estão espalhadas pela internet. Para ajudar a “achar a agulha no palheiro”, a Reuters usa uma ferramenta da empresa Percolate, de Nova York, que combina resultados de busca no Twitter e em RSS. “As pessoas se voltaram ao Twitter para filtrar as notícias, mas o próprio Twitter se tornou incontrolável”, afirma o blogueiro. “O que precisamos é de um filtro em tempo real muito mais inteligente”. Informações de Jason Del Rey [AdAge, 6/9/11].