Quatro jornalistas brasileiros foram premiados na Conferência Latino-Americana de Jornalismo Investigativo por uma reportagem sobre o desvio de dinheiro público na Assembléia Legislativa do Paraná. Intitulada “Diários Secretos”, a série investigativa feita pelo jornal Gazeta do Povo e a emissora RPC TV já havia ganhado o Prêmio Esso de Jornalismo e o Prêmio Tim Lopes de reportagem investigativa. As matérias, publicadas no ano passado, foram produzidas pelos jornalistas Karlos Kohlbach, Katia Brembatti, James Alberti e Gabriel Tabatcheik.
A Conferência, que terminou na segunda-feira, 5, foi realizada em Guayaquil, no Equador. O Prêmio Latino-Americano de Jornalismo Investigativo é concedido pelo Instituto Prensa e Sociedad (Ipys) e pela ONG Transparência Internacional.
O jornalista Carlos Dada, de El Salvador, ficou em segundo lugar por reportagem publicada no jornal online El Faro sobre o plano de assassinato do Monsenhor Romero, um dos crimes políticos mais marcantes do país. O terceiro lugar foi para o argentino Hugo Alconada por um trabalho para o jornal La Nación sobre como o governo usou uma investigação sobre crimes políticos como arma contra seus opositores.
A premiação teve 183 trabalhos inscritos e 17 reportagens finalistas. Os riscos enfrentados por jornalistas investigativos foram discutidos no encontro. Dos profissionais presentes à Conferência, pelo menos 39 enfrentam processos civis ou criminais. Além da pressão dos tribunais e governos, os jornalistas também temem a violência. Em 2011, 20 foram mortos na América Latina. Com informações do blog Journalism in the Americas, do Centro Knight, na Universidade do Texas [6/9/11].