A melhor pergunta provocada pelo episódio do anúncio maroto com Giselle Bündchen foi feita por Fernando de Barros e Silva na Folha (30/9):
“Em nome de que a propaganda deve estar necessariamente em sintonia com valores progressistas ou submetida à visão igualitária da relação entre o homem e a mulher?”
Está certo. Ou será preciso revisitar o conceito de liberdade de expressão. Retroceder ao pensamento pré-voltairiano.
Publicidade baseada em valores progressistas ou igualitários… é difícil encontrar algum exemplar no baú da memória.
Propaganda é um terreno de confronto ideológico onde um dos “lados” ganha de goleada. Aqui e na República Popular da China. Não se imagine que isso é, em si, um atributo regressista. Mas "progressista" não poderia ser. Igualitarista, até certo ponto, sim. Dentro de cada faixa de mercado.