Em mau português, o site da Secretaria de Segurança de São Paulo comemorou na sexta-feira (7/10) elogio de um programa da ONU à sensível queda do número de homicídios intencionais na capital: de 52,8 casos notificados por 100 mil habitantes em 1999 para 10,6 casos em 2010.
Não há uma palavra sobre a permanência de um dos fatores que, trinta e poucos anos atrás, provocaram a elevação do índice de assassinatos: a atuação da Rota, unidade da PM paulista que, com grande frequência, atira primeiro e pergunta depois. Ou melhor, não pergunta: cadáveres não falam.
Esse número, aponta o Estado de S.Paulo no mesmo dia, está em ascensão: 21 "autos de resistência" em 2009, 36 em 2010 e 40 no primeiro semestre de 2011. Se o ritmo for mantido no segundo semestre, o índice terá sido multiplicado por quatro, ou 400%.