Thursday, 19 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Jornais customizados encontram público ávido por informação

O portal de internet Yahoo! lançou o aplicativo para tablets Livestand. Com isso, ele se junta a projetos de publicações customizadas como o Zite (comprado recentemente pela CNN), o Editions (da AOL) e o Flipboard (que o Google tentou comprar na semana passada): todos possibilitados pelo aumento da popularidade dos tablets, em especial o iPad, da Apple.

Um estudo feito no mês passado pelo Pew Research Center em parceria com o Economist Group, que publica o semanário britânico The Economist, descobriu que, menos de dois anos depois de o iPad começar a ser comercializado, 11% dos adultos americanos têm um tablet e mais da metade deste grupo lê notícias nele diariamente. Estes são consumidores mais ávidos e que preferem ler artigos mais longos em tablets do que em computadores ou na versão impressa. Para Kend Doctor, da consultoria de mídia Outsell, o estudo é a melhor evidência de que os tablets estariam gradualmente substituindo os impressos.

Para veículos de mídia que vêm enfrentando queda na circulação e taxas escassas de publicidade online, os tablets são uma esperança. Ainda assim, transformar a audiência em lucro é algo complicado. Nem todas as editoras podem ter seus próprios aplicativos em tablets. Para os que podem, os leitores têm se mostrado mais dispostos a pagar por assinaturas de aplicativos em tablets do que por acesso a conteúdo na web e, até agora, as tarifas publicitárias são de seis a dez vezes mais altas do que as online. Mas ainda não está claro quantos leitores farão a mudança. Para as editoras sem um aplicativo, usuários de tablets são como os outros usuários de web: valem muito pouco dinheiro.

Versões

O Flipboard e seus rivais deixam usuários criarem uma revista digital personalizada a partir de várias fontes, que incluem revistas, jornais, blogs e artigos postados por contatos no Facebook ou Twitter. O Livestand é o aplicativo mais amigável até então. É mais como uma banca virtual do que uma revista personalizada: usuários podem assinar várias publicações, mas devem ler cada uma separadamente em vez de ver todas as matérias juntas. Editoras devem fornecer o texto completo das matérias, mas podem controlar o seu design e, a partir do ano que vem, poderão cobrar por assinaturas. Também haverá anúncios interativos e em vídeo. Informações da Economist [5/11/11].