Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

No coração do poder

O Estado de S. Paulo publicou domingo (27/11) no caderno "Aliás" uma reportagem importante de Carolina Rossetti: “Nas garras do Magnífico – Shamere McKenzie caiu em poder de um aliciador, mas sobreviveu ao tráfico humano que escraviza mais de 50 mil pessoas nos EUA”.

Gira em torno do depoimento de uma jovem que, iludida por um cafetão, foi obrigada a se prostituir. Única do “harém” que tinha carteira de motorista, refém do bandido depois que ele ameaçou matar sua mãe, transportava mulheres para clubes noturnos. Presa e processada, livrou-se das acusações quando os investigadores se deram conta de que ela era vítima. Mas permanece na lista de criminosos sexuais do FBI.

A certa altura, a repórter informa que “a apenas dois quilômetros da Casa Branca, na Rua K e em seu entorno, fica a principal zona de prostituição da cidade”. “E bem debaixo do nariz dos políticos”, diz uma assistente social.

Retrato do poder

Como é possível?

Pois não só é possível como é o pessoal do governo federal americano que compõe grande parte da clientela dos prostíbulos, saunas, casas de massagem, que usa drogas, que apresenta alta porcentagem de alcoolismo: depoimento de um antigo funcionário americano que na década de 1970 foi levado diretamente de seu gabinete de trabalho para uma clínica de recuperação.

Essa informação teria complementado a reportagem. Ajuda a compor um retrato mais detalhado do principal centro de poder do mundo. Ou, generalizando, do poder.