Primavera Árabe e a descoberta do poder que tem um povo. Conflito na USP e a revolta dos jovens. Posse de Dilma, queda dos ministros e a indignação de um povo. Terremotos, tsunami, acidentes nucleares e a incrível capacidade japonesa de reerguer uma nação. Desabamentos, enchentes e mortes nas grandes capitais brasileiras, o desespero da população. Obama no Brasil, segredos revelados pelo WikiLeaks e a morte de Osama. Tragédia em Realengo, mente humana voltando contra sua irmandade. Casamento Real, casamento gay e o amor em todos eles. Perda do rei da Apple, morte da princesa do rock-blues. Tudo isso marcou o inesquecível ano de 2011.
Acreditar que em um ano teríamos nações árabes se rebelando contra seus ditadores que permaneceram anos no poder é possível? Sim, se estivermos falando do poder virtual. O ano de 2011 foi marcado, sim, por diversas rebeldias sociais, mas grande parte dessa união social deu-se a uma ferramenta do século 21, a internet. Campanhas foram lançadas e aprovadas no maior site de relacionamentos do mundo. Poderíamos até dizer, que se continuar o exemplo de 2011, outros anos serão marcados pela conscientização do povo, que chegará mais à internet e menos ao entretenimento, muitas vezes barato, da televisão.
E o que diríamos das tragédias? Dos desastres naturais e humanos que marcaram esse ano? Marcas que deixaram dor em amigos e familiares de vítimas inocentes e até mesmo de crianças. Ou ainda a indignação do povo em ver a tragédia do Ministério brasileiro – convocamos um executivo que confiamos e acabamos vendo verbas de turismo, esporte, trabalho todas desviadas escancaradamente.
Enfim, foi por essas e tantas outras razões que 2011 foi um ano marcante para o Brasil e o mundo. Um ano em que novamente deparamos com a fome, com a impunidade, com a corrupção, mas um ano em que também pudemos enxergar a força da voz de uma nação. Que 2012 venha ainda mais forte e marcante positivamente!
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[Aline Rodrigues Imercio é estudante de Jornalismo, São Paulo, SP]