‘‘Participo de um programa de TV, Manhattan Connection. Entrei no lugar de Arnaldo Jabor. Um amigo meu chamou Arnaldo Jabor de ‘revoltado a favor’. Antes ele era revoltado a favor de Fernando Henrique. Agora é revoltado a favor de Lula. Continua revoltado. Continua a favor.
Pior que Arnaldo Jabor é Marcelo Coelho. Apesar de viver num ‘mundo cultural com pouquíssimos pontos de contato com o da maioria da população’, sendo avesso a ‘TV, música popular e futebol’, Marcelo Coelho, logo depois das eleições, encantou-se com o ‘jeito maroto’ de Lula, sua ‘figura antiépica’, sua ‘espontaneidade bem no estilo de Rebolo e Pennacchi’. Para Marcelo Coelho, Lula finalmente tinha livrado a política ‘das teorias, dos programas, das discussões partidárias’. Um ano depois, ele se desiludiu. Lula passou a encarnar a ‘didática pequeno-burguesa, travestida de sabedoria popular, que se desmancha em lágrimas de pura parvoíce’. Lula mudou? Claro que não. Quem mudou foi Marcelo Coelho. Ele costuma atribuir-se o tom cético de Montaigne. Pobre ceticismo. Pobre Montaigne. Montaigne não tinha nada do bom-mocismo conformista e pernóstico de Marcelo Coelho. De hoje em diante, proíbo-o de citar Montaigne. Pode citar Habermas, se quiser.
A releitura do que se publicou na imprensa no período eleitoral deveria ser matéria obrigatória em todas as faculdades de jornalismo. Janio de Freitas saudou a eleição de Lula como um triunfo do humanismo sobre a tecnocracia, abrindo a esperança de um futuro melhor. Eliane Cantanhêde considerou a vitória de Lula ‘um marco de mudança, esperança, justiça, moralidade e igualdade’. O militante petista Luis Fernando Verissimo comemorou o fim do clientelismo e do fisiologismo dos tucanos, que se comportavam como ‘caddies miseráveis que adotam os hábitos dos ricos para os quais carregam o saco de golfe’. Antonio Candido viu o começo de uma ‘fase redentora na vida nacional’, em que a utopia se tornaria realidade. Essa gente acreditou mesmo no PT? Em todos esses anos de convívio eles nunca desconfiaram da inépcia e da falta de idéias dos dirigentes do partido? Era tão difícil assim perceber a impostura?
Quem também me espanta são esses retardatários que demoraram mais de um ano para descobrir que Lula é iletrado e não gosta de ópera. É pouco. É atenuar o problema. Falta de cultura virou um álibi para a palermice do governo. E o governo dá provas diárias de palermice. Na última semana, Lula prometeu diminuir a criminalidade alistando futuros traficantes nas Forças Armadas. Depois das cotas para negros nas universidades, ele quer esse outro tipo de cota nos quartéis. Como o recruta fará para demonstrar que é um traficante potencial? Basta um antepassado traficante ou ele próprio precisa ter passagens pela polícia?
Um dos poucos jornalistas que não se desiludiram com Lula foi o Ratinho. A recompensa por sua seriedade foi uma entrevista com o presidente. Eu sou menos sério que o Ratinho, mas também gostaria de entrevistar Lula. Vou ligar agora mesmo para seu assessor de imprensa, tentando marcar uma hora.’
Thaís Oyama
‘Tudo na base do improviso’, copyright Veja, 4/05/04
‘Foi uma coisa assim, de amigo para amigo, na definição de Carlos Massa, o Ratinho. A entrevista-churrasco concedida pelo presidente Lula ao apresentador, e exibida no SBT na última sexta-feira, teve viola, cantoria, cachaça e muita piada de gaúcho. Na parte que foi ao ar, o clima foi de igual cordialidade, já que a idéia era ‘ajudar o presidente, e não colocá-lo contra a parede’, como explicou o apresentador. Em qualquer governo, a ida do presidente da República a um programa popular como o de Ratinho sinalizaria a opção por uma estratégia de comunicação baseada na preocupação de atingir as massas, como a adotada pela prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, desde o início da sua administração. No governo Lula, é diferente. Como muitas das iniciativas presidenciais, a de participar do programa do SBT foi decidida na base do improviso. Compadre Ratinho ligou para o compadre-presidente, que o convidou para um churrasco, que, por sugestão do apresentador, incluiria – por que não? – uma entrevista. Nada que pudesse ser tão incômodo como uma coletiva, claro – apenas uma ‘entrevista de amigo’. Lula topou na hora. O fato de o petista atropelar sua Secretaria de Comunicação, sua agenda e sua assessoria de imprensa para ceder aos seus impulsos, simpatias pessoais e ansiedade por divulgar ‘boas notícias’ seria irrelevante não fosse por um detalhe: o comportamento do presidente anda causando problemas ao governo.
A semana passada trouxe dois exemplos disso. Ao deparar com faixas de protesto contra o imposto de renda na sua chegada à fábrica da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (SP), Lula – que, na semana anterior, havia feito quatro discursos de improviso no mesmo dia – decidiu inventar mais um. Em vez de concentrar-se no programa a ser anunciado (a entrega de ambulâncias para um serviço de atendimento de saúde emergencial), resolveu responder às críticas dos metalúrgicos. Conseguiu dois resultados: irritar a categoria (improviso é improviso e, quando o petista se pegou dizendo que sua platéia era ‘privilegiada’ por poder pagar mais imposto, a bobagem já estava dita) e deixar em pânico sua equipe econômica ao dizer que ‘até sexta-feira’ anunciaria a correção da tabela do IR – sendo que o assunto mal começara a ser discutido na Secretaria da Receita Federal. Episódio semelhante ocorreu no Ministério dos Transportes, conforme vazaram parlamentares que, na terça-feira, estiveram com o ministro Alfredo Nascimento (PL). Em um desabafo recheado de impropérios contra o chefe, Nascimento reclamou, entre outras coisas, que Lula havia anunciado um programa de recuperação de rodovias ao custo de 540 milhões de reais, sem atentar para o fato de que, na realidade, sua pasta dispunha de menos de um terço desse valor para a obra. ‘A impaciência do presidente em divulgar os resultados do governo faz com que ele acabe dando informações incorretas e anunciando projetos que não estão prontos. Isso só aumenta a frustração da sociedade’, reclama um de seus assessores. No caso de São Bernardo, a impulsividade presidencial resultou ainda em outro tiro pela culatra: ao eclipsar com o ‘anúncio’ da mudança da tabela do IR (manchete de todos os jornais) a notícia da entrega das ambulâncias (relegada ao pé das páginas), Lula, ele mesmo, torpedeou a tal agenda positiva cuja divulgação tanto cobra. Seus assessores de comunicação tiveram vontade de arrancar os cabelos.
Ultimamente, Lula pouco os tem ouvido. Nem mesmo seu ex-fiel conselheiro, o marqueteiro Duda Mendonça, tem escapado da auto-suficiência presidencial. Depois de desentender-se com o ministro Luiz Gushiken (Comunicação), que vive igual fase de desgraça junto ao chefe, Duda perdeu o livre trânsito que tinha no Planalto. Na propaganda do PT, porém, continua mandando – e, aí, a estratégia é bem mais clara. Ao comparar o governo Lula com o de Fernando Henrique Cardoso, a série que começou a ir ao ar na TV no fim de semana passado pretende desviar a atenção do espectador para a comparação devida: a do governo Lula real, o do desemprego recorde, com o governo Lula prometido, aquele dos 10 milhões de postos de trabalho. Mais do que isso, ela visa a dar troco antecipado aos ataques que o partido de FHC, que o eleitor encara com olhares cada vez mais saudosos, não terá dificuldade em perpetrar contra os candidatos petistas nas eleições municipais – e, em especial, contra uma das estrelas mais brilhantes do partido, a prefeita Marta Suplicy. O horário eleitoral já começou.’
Gilson Euzébio
‘Minicom é excluído do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial’, copyright Telecom Online, 28/04/04
‘O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, que será instalado hoje, às 15 horas, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá 22 membros: 11 do setor privado e 11 Ministérios. O Ministério das Comunicações foi excluído do Conselho, embora coordene projetos de grande relevância para a indústria e o desenvolvimento tecnológico nacional, como a TV digital e o Serviço de Comunicações Digitais (SCD). Integram o conselho os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (que o preside), da Casa Civil, da Secretaria Geral da Presidência da República, da Fazenda, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia, das Relações Exteriores, da Agricultura, da Integração Nacional, do Meio Ambiente, e dos Transportes. Furlan explicou que outros Ministérios podem, eventualmente, ser chamados a participar das reuniões para tratar de temas específicos. Segundo ele, a exclusão do Ministério das Comunicações deve-se a uma questão operacional: conselhos muito grandes perdem eficiência. A previsão inicial era de 18 membros e acabou com 22, comentou. ‘Procuramos não fazer um conselhão’, explicou. Furlan e o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, informaram, hoje, num café da manhã com a imprensa, que o conselho será instituído por medida provisória, numa solenidade no Palácio do Planalto. Na ocasião, Lula vai anunciar também o encaminhamento ao Congresso Nacional do projeto de lei de inovação. O conselho fará hoje sua primeira reunião. Na pauta, segundo Furlan, estão a criação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e propostas de medidas de curto prazo para criar emprego e reduzir os gargalos que impedem o desenvolvimento industrial. Do setor privado, fazem parte do conselho Armando Monteiro, deputado e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Antônio Fernando dos Santos Neto, presidente do Central Geral dos Trabalhadores do Brasil e do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Sindpd), Eugênio Staub, presidente da Gradiente, João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, Jorge Gerdau, presidente do Grupo Gerdau, Luiz Carlos Delben Leite, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Marinho, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Pratini de Moraes, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Industrializadas (Abiec), Maurício Botelho, presidente da Embraer, Osmar Elias Zogbi, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e Walquíria Aires, diretora da Federação das Indústrias de Brasília (Fibra). Furlan afirmou que o governo já vem adotando medidas pontuais de política industrial. E citou como exemplo as alterações no Recof publicadas ontem no Diário Oficial. O Recof é um regime especial que permite a importação ou compra de insumos no mercado interno sem o pagamento de impostos com o compromisso de exportação do produto final. O governo estuda também medidas tributárias para facilitar a modernização dos portos e, com isso, melhorar a infra-estrutura de exportação e importação. A idéia, segundo Furlan, é desonerar a importação de equipamentos e dar financiamento à modernização dos portos e aeroportos.’
O Estado de S. Paulo
‘Uma entrevista popular e amena no Ratinho’, copyright O Estado de S. Paulo, 1/05/04
‘O apresentador Carlos Massa, o Ratinho, fez ontem uma contundente defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de levar ao ar, em programa especial, entrevista com Lula. ‘Continuo confiando no presidente e espero que você, em casa, também’, disse Ratinho, com uma versão sertaneja do Hino como música de fundo. ‘Torcer contra ele é torcer contra a gente.’ Minutos antes do encerramento, quando fez o elogio, Ratinho obteve o pico de audiência do programa. Foram 12 pontos, segundo o Ibope, o equivalente a 594 mil domicílios sintonizados. A média do especial foi de 7 pontos. A média normal na sexta-feira é de 10 pontos.
Em tom bastante informal, o presidente enumerou as realizações de seu governo e ainda provocou os críticos. ‘De vez em quando fico vendo algumas críticas que fazem a mim e fico pensando o seguinte. Muitas dessas pessoas que sabem como estava o Brasil em 2002, que sabem como estava o Brasil no começo de 2003, na verdade fazem críticas porque são obrigados a fazer crítica, mas depois devem, sozinhos, dar graças a Deus de nós termos ganho as eleições e termos recuperado o nosso Brasil’, afirmou Lula. ‘E vamos recuperar, a economia vai crescer, vamos gerar os empregos, bater novos recordes de exportação e gerar os empregos que precisamos. E, se Deus me ajudar, vou chegar no dia 31 de dezembro de 2006 com praticamente as 11 milhões de famílias que vivem abaixo da linha de pobreza atendidas com o Bolsa-Família. Aí teremos realizado um sonho e queremos dar mais, sobretudo mais emprego.’’
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‘‘Guardian’ ressalta ‘desilusão’ com o presidente’, copyright O Estado de S. Paulo, 29/04/04
‘A partir de uma recente frase do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – ‘o país não deve esperar milagres’ porque ele está ‘trabalhando no longo prazo’ -, o jornal britânico The Guardian fez ontem um balanço bastante negativo dos 15 primeiros meses do governo do PT. Segundo o autor do texto, Alex Bellos, Lula ‘tem sido incapaz de conter a desilusão e a percepção de que sua equipe estava despreparada para governar’.
O texto cita o secretário-geral da CNBB, d. Odilo Pedro Scherer, para quem, ainda ‘não aconteceu muita coisa no País’. Outro crítico é o cientista político Geraldo Monteiro, da UERJ: ‘Havia uma enorme esperança de que ele (Lula) conseguisse mudar a forma de governar. Mas, maior a esperança, maior a desilusão.’
O jornal menciona as seguidas más notícias recebidas pelo Planalto nos últimos dois meses – o PIB negativo de 0,2% em 2003, o desemprego batendo recordes, a greve dos servidores públicos, a rebeldia do MST, a batalha entre polícia e traficantes nos morros do Rio, a chacina de garimpeiros em Rondônia e a paralisia administrativa. Os episódios aumentaram a sensação de que o governo perdeu o controle das coisas.
Em função dessas dificuldades, o Guardian ressalta que o Planalto começou uma ofensiva publicitária para retomar a iniciativa política – e menciona algumas ações recentes, como a disposição de implantar a Farmácia Popular.
Mas, ‘ao manter a política econômica neoliberal de seu antecessor, (Lula) ficou receoso de gastar dinheiro em projetos sociais, desgostando as suas bases políticas’.’
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‘SIP pede ajuda de Lula para resolver crime’, copyright O Estado de S. Paulo, 28/04/04
‘A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) enviou carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitando colaboração no esclarecimento do assassinato do radialista Rolando Santana de Araújo, ocorrido em 1997 na cidade baiana de Eunápolis. A iniciativa da SIP faz parte da campanha Acabemos com a Impunidade, criada para pedir solução aos atentados contra os profissionais.
Pelos cálculos da SIP, nos últimos 15 anos, mais de 200 crimes contra jornalistas continuam impunes. A campanha, que inclui anúncios em mais de 200 jornais e revistas, também convida leitores a contribuírem com a causa, assinando uma carta aberta que será encaminhada a autoridades.
As investigações sobre a morte de Rolando não foram concluídas. O radialista, que em seus programas fazia denúncias contra a polícia local, foi morto a tiros.
O secretário de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, até ontem à noite não havia sido informado sobre o apelo da SIP. Ontem, porém, ele concluía ofício pedindo ‘providências exemplares’ para a solução de outro caso, o do também radialista José Carlos Araújo, ocorrido no sábado em Timbaú (PE). Ele foi morto quando saía da rádio com sua mulher. Assim como seu colega da Bahia, José Carlos era conhecido pelas denúncias que fazia em seu programa e por sua atuação contra o crime organizado.’
Luísa Gockel
"Um elogio para Lula", copyright Jornal do Brasil, 3/05/04
"A ONG Repórteres sem Fronteiras divulga hoje, Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, relatório sobre arbitrariedades cometidas contra jornalistas em todo o mundo. No capítulo dedicado ao Brasil, a organização elogia o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que tem promovido ‘uma satisfatória situação de liberdade de imprensa’, mas enfatiza algumas ‘violações graves’, como os assassinatos de dois jornalistas durante o ano passado: Nicanor Linhares Batista, no Ceará, e Luiz Antônio Costa, em São Paulo.
Proprietário da Rádio Vale do Jaguaribe, em Limoeiro do Norte, Batista foi morto a tiros em junho, enquanto gravava um programa policial, no qual freqüentemente criticava policiais e políticos locais. A ONG chama a atenção ainda para o caso do fotógrafo Luiz Antônio Costa, que também foi morto a tiros, em julho, quando estava trabalhando para a revista Época. Costa acompanhava uma invasão do MST, em São Bernardo do Campo, a uma propriedade da montadora de automóveis Volkwagen.
O relatório faz um balanço geral das arbitrariedades cometidas contra a liberdade de imprensa em 2003, em todo o país: três jornalistas presos, seis agredidos fisicamente, e, em outros dois casos citados, houve obstrução do acesso à informação pela polícia civil e por órgãos federais.
O assassinato do jornalista Tim Lopes, em 2002, também foi lembrado no texto. O repórter foi morto por traficantes na Vila Cruzeiro, uma favela no subúrbio do Rio de Janeiro, enquanto fazia uma matéria sobre exploração sexual infantil em bailes funk. Os responsáveis só foram presos, segundo a organização, porque a imprensa liderou uma campanha pressionando as autoridades para que o caso fosse resolvido rapidamente.
Para a ONG, o principal inimigo da liberdade de imprensa no Brasil continua sendo a ‘impunidade generalizada’ ligada à infiltração na sociedade brasileira do crime organizado. Esta junção estaria levando o país a uma ‘colombianização’.
Um das soluções sugeridas pelo relatório é a de que os meios de comunicação brasileiros se organizem para exigir a revogação da Lei de Imprensa de 1967, que estaria ultrapassada e seria um ‘resquício da ditadura militar’. A partir desta legislação, segundo a ONG, 150 ações criminais foram movidas contra a imprensa no ano passado."
Tela Viva News "Planalto preocupado com imagem do País divulgada pela Record International", copyright Tela Viva News, 30/04/04 "
O sinal do canal Record International atende ao continente africano, sul da Europa, Estados Unidos, Canadá e Japão. O ‘Cidade Alerta’ vai ao ar de segunda a sexta ao vivo. Segundo o site da Record, nos países da África de língua portuguesa, sobretudo em Angola e Moçambique, programas como ‘Raul Gil’ e ‘Domingo da Gente’ são líderes de audiência, já que o sinal é captado por antenas parabólicas e a maioria destes países dispõe apenas de uma emissora de TV local.
A Record diz não ter sido informada, até o momento, sobre esta manifestação de desagrado. ‘Não temos nenhuma posição, pois não fomos informados de nada. Pelo contrário, a Record tem um ótimo relacionamento com o governo africano’, diz o diretor da Record International, Paulo Calil."