Zapata, The Hero´s Dream, o filme mais esperado do ano no México, já enfrenta críticas: é acusado de não conseguir retratar precisamente o famoso herói revolucionário do país. O roteirista e diretor Alfonso Arau enfrentou a imprensa mexicana no dia 27/4/04, e concordou que, em alguns momentos, seu épico perde-se dos fatos históricos e falha em retratar o lado violento de Emiliano Zapata.
Mas Arau sustenta a justificativa de que nunca pretendeu fazer uma biografia histórica do herói da sangrenta e caótica Revolução Mexicana, que durou de 1910 a 1917. ‘É uma fábula mítica, completamente simbólica’, afirmou, na coletiva de imprensa. ‘Zapata não mata ninguém no filme porque ele é um herói místico’, completou.
Distribuído pela companhia mexicana Videocine, Zapata estreou nos cinemas do país no dia 30/4. Arau – que também dirigiu Como água para chocolate, em 1992, e Caminhando nas nuvens, em 1995 – disse que gastou quase seis anos tentando arrumar financiamento para o filme e que o lançamento foi adiado várias vezes devido a problemas de produção.
Segundo Amado Felix [AP, 28/4/04], além das questões sobre as liberdades históricas do filme, os críticos também atacaram Arau por sua decisão de escalar o cantor Alejandro Fernandez para o papel principal. Muitos críticos no México questionam se um cantor sem grandes experiências em atuação seria qualificado para calçar as botas de Zapata.